quinta-feira, 22 de outubro de 2009

3X Trail Running

A última tecnologia para corridas off road, em um único produto.
3X Trail Running - Lançamento oficial - Expedição Xokleng
www.snake.com.br

Após 1 ano de intensos testes e inovações, a Snake lança no mercado um tênis ideal para as corridas off road. O produto foi testado em diversas situações reais, em corridas de 8 a 12 horas, em diversos terrenos, suportando lama, poeira, areia, água, rocha. Seu sistema de drenagem é feito por células canalizadoras, que ajudam na ventilação. Cabedal é confeccionado em cordura e a biqueira suporta muitas batidas, evitando o contato direto nos pés, sensíveis depois de algumas horas de corrida. O solado possui 3 densidades para proporcionar um melhor conforto durante os diversos terrenos enfrentados.
O solado tem assinatura Vibran, proporcionando estabilidade e aderencia necessária.

Confira!!!

Anuncio 3X Trail Running

Anúncio Guartelá - Clique para ampliar

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Proteja seus olhos

Quando estive da última vez no Mali em 2006, fiquei assustado com a quantidade de pessoas que possuem catarata nos olhos. Lá, no meio do deserto, por incrível que pareça, ninguém protege os olhos. Mas e aqui? Será diferente? Nada. Infelizmente a maior parte das pessoas não tem o hábito de proteger os olhos, e nem de escolher os óculos como escolhe um equipamento.

Esta semana que passou foi de muito vento e tempo nublado aqui na serra. Apesar da previsão de que o verão de 2008 será marcado por dias mais chuvosos em algumas regiões do país, inclusive com tempo nublado e frentes frias, devido ao fenômeno La Niña, a proteção dos olhos contra os efeitos nocivos dos raios solares UVA e UVB é fundamental. Nesta época do ano, 95% dos raios UV passam pela córnea, agredindo a retina e o cristalino. Para nós, montanhistas, esse cuidado deve ser redobrado, pois ainda temos o fator vento, que além de ressecar a retina, carrega sujeira e cristais de rocha que podem causar uma lesão mais séria. Segundo evidências clínicas, isto pode causar degeneração macular e catarata.


Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 1% de diminuição na camada de ozônio pode causar um aumento de 0,7% de catarata e 4% de câncer de pele. A exposição excessiva e sem proteção UV pode causar ceratite actínica, que é uma inflamação da córnea extremamente incômoda. Ela acontece normalmente de 6 a 12 horas após a exposição solar, causando uma forte sensação de areia, dor e fotofobia (sensibilidade acentuada a luz). E na sua forma mais branda, pode ser um ardor que quem já esteve exposto ao vento e à luminosidade intensa na montanha certamente já sentiu durante a noite. Pessoas mais sensíveis podem até ter uma leve dor de cabeça em conseqüência de fotofobia.
E... óculos escuros é tudo igual? Não! Existem dois tipos de óculos: escuros e de proteção UV. No primeiro, as lentes escurecidas filtram uma parte da luz ambiente, diminuindo os sintomas de fotofobia quando eles existem. Mas uma lente escurecida não vai necessariamente filtrar os raios UV.


Os óculos para proporcionar proteção contra os raios UV precisam ter lentes fabricadas em material que filtre totalmente os raios UV, como por exemplo, as lentes em policarbonato Airwear e Stylis 1,67, que filtram 100% deles. As fotossensíveis, com origem certificada, também oferecem 100% de proteção, bloqueando os raios ultra-violetas. Então se informe sobre este detalhe ao comprar o óculos.

Fonte: Eliseu Frechou

domingo, 6 de setembro de 2009

Já que o assunto é queda...

A queda na escalada é um fato. Todos caem, algumas feias outras inofensivas. Conhecida como VACA, quando alguem tem uma queda ao estar guiando uma via. Parece coisa a toa para quem vê de baixo, mas para quem está caindo não é nada divertido. Portanto saber se portar com ma queda iminente, é muito importante. Este artigo foi publicado na Climbing Magazine.

Conceitos Básicos de quedas.

Cair faz parte do processo de escalada. Uma agarra quebra, escorrega-se, fica-se bombado, e ai acontece. É importante encontrar a maneira apropriada de cair para sabermos como proceder de maneira segura.

Aceitar
Quendo vacamos, intencionalmente u nao, corremos risco de machucar ou ate morrer. Para aceitar esta situação precisamos estar totalmente consientes de que qualquer coisa pode acontecer. Precisamos ser realistas com todas as possibilidades que possam acontecer para bloquear todas. E aceitando as possibilidades – morte, ferimento ou nao ferimento – nos nos tornamos totalmente consientes naquilo que estamos envolvidos. Esta concientização é critica para a efetiva e apropriada tomada de decisão. Uma vez concientes de todas as possibilidades que possam vir, podemos efetivamente tomar as decisoes apropriadas que limita as consequencias que nos assumimos.
Quando estiver praticando quedas, tenha grande distancia de corda da sua seg, e tenha certeza que o local da sua queda seja o ideal.

Assumir
Praticando a queda nos melhoramos a habilidade de responder a uma queda, mesmo que porventura nos lidemos com a possibilidade de nos machucarmos, queremos minimizar a chance do que virá. Sua zona de prática de quedas deve ser livre de quais quer protuberâncias e deve ser bem protegida. No começo da prática, escolha uma local de queda bem lisa e que reduza bastante a possibilidade de se machucar. Então, como sua penosa experiência, voce pode praticar vacas mais fortes em diversas situações, como em uma parede vertical ou ate mesmo pendulando. Tenha plenamente uma corda de confiança e ao menos 3 metros de corda entre voce é a sua seg – para absorver a força da queda. A corda ira se esticar durante a sua sessão de prática após agumas vacas. Pare um pouco, volte a mesma em seu estado natural. Se voce é novo em quedas, assuma o risco gradualmente. Começe em
top rope. Acostume-se ao sentimento de estar seguro pela corda, e se possível correr ou pedalar para frente e para trás sobre a rocha. Entao diga a sua seg para dar uma ou duas braçadas de corda enquanto voce escala alguns movimentos e caia. Em seguida pratique o mesmo com voce guiando. Comece simplesmente ir ao lado da chapeleta. Entao, escale um ou dois movimentos acima da chapeleta e caia. Vá aumentando a distância aos poucos. A maneira propria inclui menter os seus braços e pernas levemente recolhidos na frente de seu peito para que se prepare para um possivel impacto. Nao segure a corda. Se afaste gentilmente com um pulinho para traz o que fará com que voce se choque com a rocha ao se tensionar a corda. Preste atenção à sua respiração e o quanto relaxado voce ficar. Se ficar segurando o seu folego com sentimento de tensão, entao voce precisa de mais pratica antes de progredir a uma distância maior na corda ao vacar. Quando tiver quedas que resultem em pêndulo, preste atenção na corda em relação ao seu pé. Se voce estiver diretamente acima da chapeleta, então a corda precisa estar entre os seus pes, Se estiver à direita ou a esquerda da chapeleta, então a corda precisa estar fora de seus pés. Curta sua vaca.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A queda...

Nem todas as quedas de 12 metros são criadas iguais. A severidade de qualquer queda depende de quanta corda está disponível para absorver a energia. O "fator de queda" é a distância da queda dividida pelo comprimento de corda entre o escalador e o assegurador. Apesar de ser um conceito simples, ele acaba gerando confusão para muitos escaladores.

Estando 30 metros acima do assegurador e 6 metros acima da última proteção quando se desgarra da parede (e assim caindo 12 metros), você irá sofrer uma queda fator 0,4 - adrenante, mas não tão grave. Entretanto, se você cair de apenas 9 metros acima do assegurador, estando 6 metros acima da última proteção, isso se torna uma queda de fator 1,3 que irá colocar uma carga enorme em todo o sistema.

O teste de queda da UIAA/CEN simula uma queda extrema em escalada - uma queda dura em um pequeno pedaço de corda com uma ancoragem estática. Em uma situação de escalada real, alguns fatores que ajudam a mitigar a força incluem fricção no sistema, deslizamento no freio de asseguramento e o deslocamento do assegurador para cima.

A fricção no sistema trabalha em favor do assegurador e, em um certo grau, da proteção também. A força na costura mais alta é igual às duas forças para baixo combinadas. Então, em uma queda razoavelmente dura, se o escalador sente 5 kN, o assegurador deve suportar 3,3 kN, enquanto que a última proteção e a costura têm que agüentar 8,3 kN. Se não houvesse fricção, a última proteção teria que suportar 10 kN.

Mas há um porém. O atrito nos mosquetões e contra a rocha tem o efeito de reduzir o comprimento efetivo de corda que absorve o impacto. O resultado é que o fator de queda real diminui mais lentamente que o fator de queda teórico. Por exemplo, se você escalou 30 metros e cai 6 metros, o fator de queda sem atrito seria 0,2, enquanto que o fator de queda real deverá ser 0,6 ou maior. Dessa forma, se você sentir um arrasto grande da corda, sua proteção mais alta deverá ser submetida durante uma queda a forças maiores do que você poderia supor. Um peso de 80 kg é utilizado para determinar as forças no teste de queda da UIAA/CEN em cordas simples. Ele foi escolhido como o peso do escalador médio. Mas e quanto às demais pessoas?

Mantendo as demais condições, para um fator de queda 0,5 em 20 metros de corda, uma escalador de 60 kg sentirá 3,4 kN, um escalador de 80 kg sentirá 4 kN e um escalador de 100 kg sentirá 4,5 kN. No mesmo comprimento de corda, se um escalador toma uma vôo de fator de queda 1,5, o escalador de 60 kg sentirá 5,4 kN, o de 80 kg sentirá 6,2 kN e o garotão sentirá uma porrada de 7 kN.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Orion Health - Campeã do Primal Quest 2009


A equipe neozelandeza OrionHealth.com conquistou o Primal Quest BadLands 2009, realizado no estado de Dakota do Sul, cruzando a linha nesta quinta (20/Ago) aproximadamente as 4:30 da tarde. Após 600 milhas de prova, a comemoração foi a base de muita pizza e sorvete.
As segunda e terceira posições ficaram com Team Salomon/USA e Team Merrel, respectivamente. A chegada da equipe campeã que era esperada para meia-noite do dia anterior, acabou atrasando devido a condições climáticas.
Em quarto e quinto lugares ficaram a Dart Nuun e Bones, com aproximadamente 6 dias e meio de prova.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Parabéns Ciclista

O Dia Nacional do Ciclista deverá ser celebrado em 19 de agosto, segundo projeto (PLC 43/08) aprovado ontem pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). A proposta, relatada pelo senador Gerson Camata (PMDB-ES), será agora examinada pelo Plenário em regime de urgência.
A data é uma homenagem ao ciclista e biólogo Pedro Davison, que morreu atropelado, em Brasília, aos 25 anos, em agosto de 2006. O motorista que o atropelou dirigia em alta velocidade e embriagado. Para Cristovam, O Dia do Ciclista é uma importante medida para melhorar o debate sobre a educação no trânsito e a mobilidade urbana. Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) também defendeu a proposta.
Fonte: Jornal do Senado e Gabinete do senador Cristovam Buarque.

No mundo a data do ciclista se comemora dia 8 de dezembro. Veja matéria abaixo:

Na metade do caminho entre Como e Lecco, pegamos um desvio para as montanhas, encarando uma íngreme subida de 10 km de extensão desde a cidade de Bellagio. Mas todo esse esforço que fizemos não era em vão: no fim da subida está a igreja da Madonna del Ghisallo, a padroeira dos ciclistas. Sim, existe uma, beatificada pelo papa Pio XII em 1949! A simpática capela fica a quase 500 m sobre o lago, num local com uma vista impressionante. Do lado de fora, próximo ao mirante, há o belo Monumento al ciclista€ e está sendo construído o Museu do Ciclismo. Dentro da igreja se pode ver várias bicicletas de ciclistas famosos, incluindo dos dois maiores da Itália, Gino Bartalli e Fausto Coppi. Há inclusive uma Caloi Eddy Merckx, sobre a qual Fábio Casartelli morreu num acidente durante o Tour de France de 1995, uma verdadeira surpresa. As paredes são forradas de fotos e camisas de ciclistas profissionais e num lugar especial do altar está uma foto do ídolo nacional Marco Pantani, último italiano a vencer o Tour de France que morreu o ano passado, vítima de uma overdose de cocaína. A visita desse santuário é mais que obrigatória para qualquer fã e entusiasta do ciclismo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primal Quest Badlands'09

Dia 14 de agosto terá início uma das maiores provas expedicionárias já realizadas, em formato de corrida de aventura. A prova norte americana Primal Quest na versão 2009, patrocinada pela empresa Spot (localizadores via satélite), promete ser uma prova de extrema endurance, com um percurso de 600 milhas pelos confins do estado da Dakota do Sul, famosa pelos rochedos onde foram esculpidos os rostos de antigos presidentes norte-americanos.
Durante 10 dias, equipes de quatro integrantes irão correr, pedalar, remar e transpor as barreiras desta etapa do ARWC - Adventure Race World Championship (Circuito Mundial de Corridas de Aventura).
Dakota do sul tem uma história riquíssima, terra de antigas tribos, vales onde viveram dinossauros, terra dos búfalos, dos fortes e guerras entre civis e indios.

domingo, 9 de agosto de 2009

Morre lenda da escalada solo

Considerado um dos maiores ícones da escalada americana, John Bachar, morreu aos 51 anos, em Mammoth Lakes (Califórnia, EUA) vítima de uma queda quando solava a face norte da Dike Wall, uma parede próxima da cidade onde morava. Bachar solava desde os anos 70, vias de grande dificuldade em Yosemite e outros points dos EUA e do mundo.
Seus primeiros solos de 5.11 (7° grau brasileiro) aconteceram quando o grau 5.12 ainda não existia. Sem corda, escalou
Outer Limits (5.10c), New Dimensions (5.11a), Butterfingers (5.11a), Butterballs(5.11c), e ainda rotas eportivas como Enterprise (5.12b), em Owens River Gorge, e The Gift (5.12c), em Red Rocks.
Dono de uma ética tradicional inabalável com a tempo, só aceitava o estilo de baixo para cima na conquista de rotas. Junto com Ron Kauk abriu a famosa
Astroman no Washington Collumn (Yosemite Valley). Uma de suas mais famigeradas conquistas foi a rota Bachar-Yerian, um 7c (BR) no Medlicott Dome em Tuolumne Meadows, super exposto que tem apenas de 13 grampos em mais de 150m de via. Com Peter Croft, nos anos 80 escalou em 14 horas o Half Dome e o El Capitan.
Bachar também foi um dos grandes revolucionários dos calçados de escalada, desenhando modelos para a empresa espanhola Boreal por mais de 20 anos, antes de fundar sua própria companhia, a Acopa.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sulbrasileiro de Corridas de Aventura

Correndo em casa, a Equipe Brazukas ganha em Prudentópolis a segunda etapa do Ranking Sulbrasileiro de Corridas de Aventura.
A prova foi disputada, desde a largada, palmo a palmo de seus 110km com a equipe Pro Oskalunga, de Brasília e lider do ranking brasileiro de Corridas de Aventura (RBCA). A largada foi dada as 9:40 da manhã de sábado (1/ago), com os atletas das categorias Pro e Expedição seguindo de Bike para os primeiros PCs. Minutos antes da largada, foi anunciada o cancelamento das técnicas verticais, no salto sete. Um belíssimo salto de 98 metros a 8 km do centro da cidade. Para acessar o primeiro Pc, as equipes enfrentaram um percurso pesado, por conta do barro e lama proporcionados pela chuva acumulada dos últimos 10 dias. Muitas equipes sofreram e até tiveram suas bikes danificadas pelo excesso de lama nas correntes e transmissão.
O controverso mapa fornecido pela organização, era formado por 3 partes de diferentes épocas e cada qual com uma declinação magnética diferente e, um PC3, virtual, que estava posicionado (cfe mostra o mapa acima) em local errado, o que custou um bom tempo para todas as equipes.
A Brazukas foi a primeira a fazer a transição no PC4 e no trekking se dirigir para a perna de remo, sempre acompanhados de perto pela Pro Oskalunga. Uma pequena vantagem foi conseguida nos 8km de remo, e mais uma transição na frente. Novamente na bike, nos dirigimos para o canion do Salto Sete, e em busca do último PC, na usina hidreletrica.
Na última perna a Brazukas não resistiu a investida d'Oskalunka que abriram vantagem nos últimos 4 kilometros de prova, e acabou chegando na segunda colocação geral da prova.
Como resultado, os Brasukas são agora líderes do Ranking Sulbrasileiro, com 187 pontos, seguidos pelos também paranaenses Santa Ritta.
Os Brazukas correram com o protótipo do 3x Trail Running da Snake, tenis off road de alta tecnologia e tripla densidade. Um tenis que promete revolucionar o mercado de corrida cross country, em desempenho, design, conforto, estabilidade e tração.

sábado, 18 de julho de 2009

Por dentro da Aventura

Não satisfeitos em completar uma maratona, o ser humano foi além e inventou a ultramaratona. Ainda não satisfeito, inventou o ironman e logo sua versão cross country, veio entaum o conceito multisporte. Já não bastava o atleta dominar uma disciplina, mas várias. As provas de multiesporte ainda traziam o conceito de alto rendimento. A aventura veio para completar um campo entre o rendimento e o lazer. É um esporte caríssimo, é verdade. Quando vamos viajar, temos que levar uma tanta buginganga junto que mais parece uma mudança. Mas o que mais traz atletas para o ambiente da aventura é o conhecimento multidisciplinar; um esporte altamente estratégico e inteligente, e acima de tudo, autosuficiente. Apura o atleta fisica e mentalmente.
E para competir com os esportes olímpicos pela mídia, tras apelos sociais, ambientais e culturais. Mas cada um descobre de alguma forma sua paixão ou atração nesses esportes. Um esporte que tras como perfil dos participantes, pessoas mais maduras e estabilizadas financeiramente. Campeões mundiais neste esporte possuem mais de 40 anos, como foi o caso de Ian Adamsom eRobin Benincasa, que marcaram a primeira geração dos atletas de aventura em corridas cruéis como o Eco-challenge. Paul Romero, e no Brasil José Pupo, vem confirmar esse perfil.
O conceito de corrida de quartetos mistos, trabalho em equipe, superação de desafios, surgimento natural de lideranças, vai de acordo com filosofias modernas e até comportamento empresarial.
Como o Ironman, surgiram grande, em formatos, praticamente impossíveis para pessoas comuns, corridas expedicionárias, sem apoio, que desafiavam a sobrevivência dos participantes. Devido ao sucesso, hoje são realizadas em formatos mais adequados ao dia-a-dia de seus praticantes, em corridas curtas de poucas horas a um final de semana. Para encarar a corrida, o praticante tem que ter noções de primeiros socorros, trekking, mountain bike, canoagem, técnicas verticais, orientação e navegação terrestre,entre outras.

domingo, 12 de julho de 2009

Uma questão de estilo

A escalada tem dois grandes estilos, que muitas vezes se fundem, o estilo livre e a ascensão artificial.
Com movimentos precisos e equilíbrio a escalada livre desenvolve o contato do corpo e rocha. Muito diferente da escalada artificial leva em conta o perigo que determinado trecho representa para o guia.
Fatores como qualidade da proteção e da rocha, equipamento disponível, fator de queda e possibilidade de aterrissagem, são o que contam. Então, o que diferencia um A1 de um A5 é que se você cair num A1 não vai se machucar, mas se cair no final de uma enfiada de A5, vai morrer. Parece insano, mas a ética e o comprometimento são diferentes nas grandes paredes, e isso tem que ser respeitado, quando levamos em conta que nosso esporte busca não só o desenvolvimento físico, mas também o psicológico. Caso contrário, as vias em artificial seriam todas iguais: seria apenas uma subida de degrau em degrau. Então a opção por não grampear uma enfiada de A5, transformando-a num A3 ou menos, é um jogo no qual o guia busca seu limite psicológico.

Lógico que perigo é subjetivo e também depende do preparo, perícia e conhecimento do escalador. Para quem não está acostumado com a sensação de insegurança que muitas peças transmitem - ou ainda não possui o devido conhecimento, e se falando em graduação técnica, um A3 pode parecer tão mortal quanto um A5. E acredito que pode até via a ser, na medida em que o grau é aferido por escaladores que possuem o conhecimento técnico e dominam a engenharia das colocações difíceis e criativas. Portanto, um escalador bem preparado e experiente, conseguirá se proteger muito melhor que um novato na mesma enfiada. Por esta razão, é que é importante se preparar e adquirir conhecimento antes de entrar em rotas que mesmo de nível médio (até A3), podem virar um pesadelo para quem não tem a devida técnica e preparo psicológico.

Veja como funciona a graduação em progressão artificial:
A0: Pontos de apoio sólidos ("à prova de bomba") isolados ou em uma curta
Seqüência, com pouca exposição; pêndulos; uso da proteção para equilíbrio ou
descanso; e tensionamento da corda para auxílio na progressão;
A1: Peças fixas ou colocações sólidas de material móvel, todas elas fáceis e
seguras, em uma seqüência razoavelmente longa;
A2: Colocações de material móvel geralmente sólidas, porém mais difíceis. Algumas colocações podem não ser sólidas, mas estarão logo acima de uma boa peça. Não há quedas perigosas.
A2+: Como o A2, mas com possibilidade de mais colocações ruins acima de uma boa. Potencial de queda aproximado de 6 a 9 metros, mas sem atingir platôs. Pode ser necessária uma certa experiência para encontrar a trajetória correta da escalada.
A3: Artificial difícil. Possui várias colocações frágeis em seqüência, com poucas proteções sólidas. O potencial de queda é de até 15 metros, equivalente ao arrancamento de 6 a 8 peças, mas geralmente não causa acidentes graves. Geralmente são necessárias várias horas para guiar uma enfiada, devido à complexidade das colocações.
A3+: Como o A3, mas com maior potencial de quedas perigosas. Colocações
frágeis, como cliffs de agarra em arestas em decomposição, depois de longos
trechos com proteções que agüentam somente o peso do corpo. É comum que
escaladores experientes levem mais de três horas para guiar uma enfiada.
A4: Escaladas muito perigosas. Quedas potenciais de 18 a 30 metros, com perigo de se atingir platôs ou lacas de pedra. Peças que agüentam somente o peso do corpo.
A4+: Como o A4, mas são necessárias várias horas para cada enfiada de corda. Cada movimento do escalador deve ser calculado para que a peça onde ele se encontra não seja arrancada apenas com o peso do seu corpo. Longos períodos de pressão psicológica.
A5: Este é o extremo, sob o ponto de vista técnico e psicológico. Nenhuma das
peças colocadas em toda a enfiada é capaz de segurar mais do que o peso do
corpo, quando muito. As enfiadas não podem possuir proteções fixas nem buracos de cliff.

O que não está escrito nos livros
Não importa o tipo de peça que você use para ascender. Para determinar o grau, interessa apenas o perigo. Portanto, uma enfiada com alguns cliffs e nuts “potencia” pode ser muito menos perigosa do que outra que tenha alguns rebites no meio de seqüências de friends ou pitons em rocha ruim.
É importante deixar claro que uma enfiada de A5 começa com um A1, depois A2... e mantendo a má proteção, até que no final, aos 50m, a queda fique tão perigosa que seja fatal.
Outra questão que deve ser notada é a de que vias em artificial são vias mutantes. Um A5 depois de algumas repetições pode se transformar em A4+ depois A4 ou até menos, por motivo da quebra de agarras de cliff (forçando furar buracos), expansão de lacas na qual eram instalados heads, alargamento de fendas onde se pitonava rurps e depois se consegue instalar um lost arrow... e por aí vai. Em Yosemite, costuma-se dizer que depois de 30 repetições é muito provável que um A5 se transforme em em A3.

Novos equipamentos, mais resistente ou que possibilitem uma proteção melhor, podem fazer com que o grau de uma enfiada também seja decotado (rebaixado).
Uma prática que visa preservar o grau é a técnica clean, onde a instalação de pitons com martelo é proibida. Pode-se apenas encaixar os pitons. Aí o grau, passa a ser o C, de clean, mas a maneira de graduar permanece a mesma: C1, C2... Uma enfiada possível de ser escalada clean se for pitonada cairá de grau. Na foto acima, o montanhista Wagner Pahl escala clean a primeira enfiada da rota Zodiac no El Capitan. Esta enfiada pode ser graduada em A2+ ou C3.
Como o assunto é extenso e as variantes e possibilidades infinitas, este post tenta dar uma luz apenas aos montanhistas que tem dúvidas a respeito desta graduação.
Eliseu Frechou

Extremaventura

Informações da segunda etapa do Sul Brasileiro, que será realizada pela Extremaventura
Prudentópolis, terra das cachoeiras gigantes, será sede da segunda etapa do Circuito Sul Brasileiro de Corridas de Aventura 2009. A primeira prova da temporada foi realizada no dia 17 de março no Rio Grande do Sul, na cidade de Nova Petrópolis. A etapa paranaense acontecerá no dia 01 de agosto, em Prudentópolis e será disputada aos pés da Serra da Esperança, entre o segundo e o terceiro planalto do Paraná.
"Com objetivo de realizar um evento de alto nível técnico como sede do Sul Brasileiro de Corridas de Aventura, escolhi Prudentópolis por três motivos: relevo, estrutura e apoio local. O levantamento de campo para prova começou em maio e antes da primeira quinzena de junho o roteiro já estava traçado. Para o levantamento de campo coloquei uma meta: encontrar locais pouco explorados e que apresentassem um cenário marcante a todos os competidores. O resultado desta procura superou minha expectativa e hoje estou orgulhoso e muito feliz com a competição que será entregue no dia 01/08", comentou Julio Camargo, diretor da prova.
A largada e a chegada serão no mesmo local para todas as categorias. Não haverá necessidade de levar a bicicleta em nenhum ponto antes da partida. Para a categoria Expedição, a prova será marcada pelo alto grau técnico exigido no ciclismo, que passará por caminhos carroçáveis em meio a Serra da Esperança. Nesta modalidade o desnível será constante e como o terreno de Prudentópolis é muito técnico, com solo argiloso e pedra, será necessário muito controle na bicicleta.
O trajeto em comum para todas as categorias será a parte mais bonita da prova. Destaques especiais para a canoagem, que será em um rio com margens bem conservadas e a caminhada. E será na caminhada que os competidores se depararão com os mais bonitos visuais da prova. Este percurso começará em cima de um cânion. Descerá seus mais de 100 metros e passará por duas cachoeiras gigantes. Para alcançar a trilha do outro lado do rio, será necessário atravessá-lo a nado. Serão aproximadamente 30 metros de uma margem a outra. A subida da escarpa pelo outro lado cânion desvendará toda a beleza do local. Formando diversas chapadas, o cânion mostrará um belíssimo visual até o horizonte. A caminhada continuará por mais duas cachoeiras gigantes e em uma delas será realizado o cachoeirismo (rapel de cachoeira). Para retornar ao local onde foram deixadas as bicicletas, mais uma travessia de natação de 40 metros e uma trilha de pescador bem técnica.

As inscrições estão abertas e vão até o dia 24 de julho e os interessados poderão se inscrever nas categorias Pró (Quarteto Misto) ou Expedição (Duplas), ao valor de R$ 100,00 (cem reais), na Categoria Aventura (Duplas e Solo), R$ 80,00 (oitenta reais) e Estreante (Solo), R$ 50,00 (cinqüenta reais) por atleta. Poderá ser feita pelo site do evento (www.extremaventura.com.br) ou em Curitiba nas lojas Território do centro (Rua Carlos de Carvalho, nº 180) ou do Shopping Palladium (Av.Presidente Kennedy,4121, piso L2).
"Agradeço a todos que participaram da pesquisa e me ajudaram no roteiro da prova. Agradecimentos especiais ao Rodrigo e ao Marcão (dog), guias locais, ao Fábio (cinegrafista da prova), ao Marcelo, Jemerson (Même), Eriton e ao Luiz, secretários municipais que estão dando a maior força ao evento, sem esquecer na Território, que patrocinando o Circuito oferece as condições necessárias para que a Extremaventura continue realizando as provas."

terça-feira, 7 de julho de 2009

RAAM - Road Across America

Após 11 dias, 17 horas e oito minutos de pedal, a carioca Daniela Genovesi, de 41 anos, entrou para a história do esporte nacional ao vencer a Race Across America, uma ultra maratona que cruza os Estados Unidos de Oceanside na Califórnia até Annapolis em Maryland em um total de 4800 km de ciclismo de estrada.
Dani conquistou a vaga para a RAAM no Desafio 24 Horas de Fortaleza, foi a primeira latina-americana a chegar lá e de cara venceu a prova.
Tem mais, há dois anos que nenhuma mulher conseguia completar a prova no prazo máximo de doze dias.
Até o oitavo dia a americana Janet Christiansen estava na frente, mas a estratégia de imposta a Dani por sua equipe foi dormir 4 horas por noite, enquanto que a americana dormia apenas quando já não suportava mais pedalar. Assim, Janet abriu boa distância no começo, mas com o cansaço acumulado, a brasileira foi encostando até passá-la por duas vezes.
Foi a maior emoção da minha vida no esporte. Foi uma emoção muito forte vencer esta prova tendo ao lado a minha família e os meus amigos, que vieram acompanhar a chegada. Tenho de agradecer muito a minha equipe, pois sem ela eu não teria conseguido”, disse Dani Genovesi, que na chegada chorou ao receber os abraços do marido Alexandre, do filho Victor, de 18 anos (que chegou de surpresa) e Julia, de 16 anos, que integrou a equipe e foi a responsável por preparar toda a alimentação da mãe.

Dani chegou a duvidar de sua capacidade de terminar a prova.

Comecei a sentir muitas dores nos dois joelhos, que ficaram inchados. Na TS 50 (posto de controle 50), dormi por duas horas, tomei antiinflamatórios e as dores diminuíram, mas por um momento eu pensei que o corpo poderia dizer não, mas deu tudo certo.
Eu que a conheço bem, fico com os olhos marejados de água de imaginar a emoção dessa carioca, que é mountain biker, remadora e adora uma corrida de aventura. Emoção dela e minha também, queria ter estado lá na chegada.
O corpo de Janet começou a dizer não lá pelo oitavo dia. Foi quando Dani teve certeza de que a estratégia de sua equipe fora perfeita.
Eu a ultrapassei à noite e parei para dormir. E ao começar o dia seguinte pensei que iria levar umas seis horas para tirar a diferença novamente. Porém, com vinte minutos de pedalada, eu já estava passando por ela, como um furacão. Deu até pena dela, pois ela estava sofrendo. Pensei, caramba, ela ainda vai sofrer por tantos quilômetros.
Janet Christiansen finalizou em segundo, com 12 dias, 3 horas e 54 minutos, quase 11 horas depois da brasileira. Segundo ela, "Daniela fez essa corrida muito interessante para mim, ela pressionou a mim e ao meu time, e isso é bom, a real é que eu gostei. No oitavo dia ela passou por mim como se estivesse indo para um passeio de bike de um único dia!"
O santista Claudio Clarindo completou pela segunda vez a RAAM desta vez em sétimo lugar com o tempo de 10 dias, 22 horas e 25 minutos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mundial de Aventura 2009 - Estoril XPD Race

ARWC - Adventure Race World Champinships 2009, acontecerá este ano em na região central de Portugal durante os dias 05 e 15 de novembro. A prova será disputada em um percurso de aproximadamente 800 quilômetros e ascenção de 20.000 metros, dentre as melhores equipes do mundo. Este ano a corrida irá unir duas das mais conhecidas áreas de esportes de aventura de Portugal, a Costa do Estoril e a Serra da Estrela.
A organização explica que as duas regiões possuem cenários e desafios muito diferentes entre si. A Costa do Estoril é conhecida por muitos competidores pelos seus penhascos, belas florestas e o mar agitado, além do Parque Natural de Sintra-Cascais, que o local perfeito para o mountain biking e orientação a pé, enquanto a Serra da Estrela por outro lado é perfeita para técnicas verticais, paragliding e esportes de neve. Este contraste de ambientes proporcionará aos competidores uma variação nunca vista em outra edição do ARWC.
Para que as equipes tenham inscrição garantida no ARWC, é necessário estar entre os vencedores dos ARWS, ou entre os melhores do AR World Series, Circuito Mundial da categoria.
Ao todo pontuam equipes que participaram dos 26 eventos mundiais do Circuito de 2008 a 2009.
Dentre os Brasileiros, em lista de pre-inscrição está a AKSA e aguardando vagas estão Oskalunga e a Cerrado Minas. Ano passado o Brasil sediou o ARWC, no nordeste através do Ecomotion Pro.
Sustentabilidade e conservação são duas palavaras chaves do evento deste ano. O percurso foi montado levando em conta esses dois fatores e a organização demonstrará que um percurso bem planejado no periodo correto do ano e usando meios de progressão adequados tem um minimo impacto na natureza. A prova passará por mais de cinco parques naturais e áreas especiais de conservação.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sulbrasileiro de Aventura

Dia 1 de agosto será realizada a segunda etapa do Ranking SulBrasileiro de Corridas de Aventura. A prova será realizada na cidade de Prudentópolis (PR), terra das cachoeiras Gigantes. Segundo o Organizador Julio Camargo, o percurso já está fechado, e passará pelas belezas naturais da Serra da Esperança, na divisa entre o segundo e o terceiro planalto paranaense, paisagens bucólicas do interior do município de Prudentópolis, montanhas e três cachoeiras gigantes no percurso. Esta etapa faz parte do Circuito Extremaventura, e contará com 3 categorias, Expedição com 110km, aventura com 45km e iniciantes como 30km, divididas nas modalidades, trekking, orientação, canionismo, mountainbike, vertical e canoagem.
A primeira etapa foi realizada no RS, no Desafio de Verão, na cidade de Nova Petrópolis e a última etapa será realizada dia 21 de novembro pela Sulbrasilis em Santa Catarina. Confira como está o ranking até o momento.

Expedição Quartetos
1 LAGARTIXA 100 100
2 PAPAVENTURAS 87 87
3 SUL BRASILIS / MULTISPORTBRASIL 77 77
4 SERVAJÃO 69 69
5 NARROBADA ULTRASPORT 61 61
6 KORU 54 54
7 EXPEDIÇÃO SUL 47 47
8 SEIVAL PUA 42 42
9 ATAC/ GUENOA/ ORION DESIGN 39 39
10 FAMASTIL ADVENTURE 37 37
11 SUPERAÇÃO 35 35

Expedição Duplas
1 CHIMARRÃO 2 100 100
2 BRAZUKA’S TOURINHO/KOIZUMI 87 87
3 ARCO E FLECHA ADVENTURE TEAM 77 77
4 ADRENON 69 69
5 DANDA BIKE 61 61
6 MANDA BRASA 54 54
7 SANTA RITTA ADVENTURE 47 47
8 BIG WALL 42 42
9 AGUAPÉ 39 39

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Brasil Wild 2009

Acontecerá a partir do dia 5 de junho, no Jalapão (TO), uma das maiores corridas expedicionárias do Brasil, o Brasil Wild Extreme, que contará este ano com 36 quartetos, dentre eles uma equipe argentina e outra uruguaia. A novidade para 2009, foi a categoria dupla, com 11 equipes. O Jalapão é uma das grandes áreas selvagens do sertão nordestino, dotado de belezas, seu nome vem de Jalapa, planta nativa da região e da 7 ° maravilha da Amazônia, o estado do Tocantins. A corrida da sustentabilidade, como é conhecida o BRWild 2009, terá realmente características expedicionárias, em um lugar ainda muito inóspito e sem quase nenhuma cidade por perto. Será um desafio que a organização também vai enfrentar e assumir para montar a corrida e toda a logística e consequentemente para as equipes, que não devem encontrar nada ou ninguém em boa parte do percurso. Além das ATs montadas estrategicamente e da infra-estrutura oferecida, não haverá mais nada a não ser a Natureza Selvagem que serão o cenário por cinco intensos dias. Será uma corrida sem apoio, altamente estratégica onde a maturidade e a experiência serão decisivas para as equipes que pretendem continuar fortes, lúcidas e rápidas após a 2° noite!
A idéia da sustentabilidade surgiu para deixar no Tocantins e no Jalapão sementes que ganhem vida própria e tornem-se sustentáveis. O Projeto Social, denominado cama e café, pretende capacitar e equipar pequenas residências transformando-as em futuros meios de hospedagem para receber turistas na região. Estaremos também transferindo o Know-how da Brasil Wild, de como montar uma corrida de aventura, para empresas locais, e tendo estes no Staff da prova, para que futuros eventos outdoors possam ser implementados no imenso e bonito estado do Tocantins, um dos Raftings mais bonitos do Brasil e do mundo farão parte do percurso, o que será uma atração à parte na prova. Provavelmente teremos uma Dark Zone na noite que antecede ao Rafting e a relargada nos botes ao amanhecer fará com que todos terminem o trecho antes do anoitecer.
Nos tempos atuais de falta de tempo e espaços, a Brasil Wild estará novamente cumprindo sua missão de mostrar nosso Brasil e mais uma imensa área inóspita e de grandes belezas naturais do nosso País, onde o tempo passará conforme nossas pedaladas, remadas e corridas!!! O programa Survival acaba de ser gravado no Jalapão e se você procura uma aventura e uma verdadeira corrida de expedição, tenha certeza que a Brasil Wild Extreme 2009 atingirá esta expectativa e que apesar de difícil para todos, terá progressões rápidas, sem grandes variações altimétricas, tendo no entanto PCs facultativos que tornarão a prova mais longa e técnica valorizando a orientação e a estratégia.
A corrida contará com exatos 482 km, divididos em 110km de trekking, 6,5 km de natação, 45km de rafting, 23 km de canoagem e portagens, 228 km de mtb, além de duas pernas de técnicas verticais, um descenso e um ascenso. A organização prevê o término do evento até o dia 13 de junho as 12:00h.
Veja a Brasil Wild 2008.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Russo vence o Centenário Giro 2009

O ciclista Denis Menchov, da equipe Rabobank, foi o vencedor do Giro d’Italia 2009, depois de sofrer uma queda no último quilômetro de um emocionante contrarrelógio, vencido pelo lituano Ignatas Konovalovas (Cervélo), que completou o percurso de 15,5 km em 18min42s. A disputa aconteceu em um circuito montado na cidade de Roma, com diversos trechos de paralelepípedos e muitas curvas.

Mesmo com a queda, Danilo Di Luca (LPR), segundo lugar na classificação geral, não conseguiu tomar a maglia rosa (camisa rosa) de seu adversário, com quem travou uma batalha nas etapas finais da competição. O italiano terminou o CRI em 19min27s, 21s a mais que Menchov, que marcou o tempo de 19min6s. Nomes importantes, como Levi Leipheimer (Astana) e Michael Rogers (Columbia-High Road), não cumpriram com seu favoritismo para levar a etapa.
Leipheimer, que é companheiro de equipe de Lance Armstrong, finalizou a etapa a 53s, e Rogers marcou 49s a mais que o lituano. Já Lance Armstrong cruzou a meta a 1min19s, ficando na 12ª posição geral. “Não esperava acabar a competição tão bem”, disse o norte-americano. “Vim sem nenhum objetivo e vou contente, sobretudo por meus últimos dez dias de competição. Melhorei muito e creio que este resultado é o suficiente para pensar que meus meses de junho e julho serão muito brilhantes”, declarou o heptacampeão do Tour de France. Armstrong também falou sobre sua experiência no Giro. “Aqui se corre de uma forma diferente da qual estou acostumado. Apesar de eu ter visto o perigo de perto em algumas etapas, achei genial. O público é muito passional e eu gosto disso. Reconheço que aqui eu passei muito mais tempo com os fãs do que com a imprensa. Aqui, me senti mais livre que na França”. E relembrou sua clavícula fraturada. “Talvez eu tenha decepcionado alguns fãs com a minha atuação, mas eu não esperava mais, porque depois de uma lesão tão importante, não posso vencer corridas”. Por fim, o texano fez apontamentos sobre sua participação no Tour de France, que começa no dia 4 de julho. “Tenho 38 anos e tenho os pés sobre o chão. Mas isso não quer dizer que não vou trabalhar o mais duro que eu puder para estar na ponta do Tour”.
O pelotão profissional enfrentará a partir de 4 de julho, o 94º Tour de France. As duas voltas juntamente com a Vuelta a España, compõem as 3 grandes voltas do Ciclismo profissional, conhecida como tríplice coroa.

CBC assina contrato com Banco do Brasil

Dia 28 de maio de 2009, ficará marcado para o ciclismo, com essa importante parceria. Aconteceu na superintendência do banco do Brasil (SP) a divulgação da parceria entre a Confederação Brasileira de Ciclismo e o Banco do Brasil.
O evento contou com inúmeros jornalistas, a equipe líder do ranking brasileiro Fapi Funvic/Sundown/JKS/Pindamonhangaba (apresentando o novo uniforme da Seleção brasileira de estrada) e também atletas de renome como Marcio Ravelli 10x campeão brasileiro e Edu Ramires.
A proposta apresentada pela mesa composta por José Luiz Vasconcellos (Presidente CBC), Dan Conrado ( Diretor de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil ) e Paulo Villas Boas ( Representante do COB) foi inovadora e audaciosa para o ciclismo brasileiro. O objetivo de implementar o ciclismo como forma de lazer, incrementando a cultura da modalidade e resgatando o prazer em andar de bicicleta é uma das metas de Vasconcellos.
O projeto Ciclo Brasil apresentado pela parceria também foi inovador e surpreendente estratégia utilizada para o crescimento do ciclismo.
A modalidade que será responsável para receber a verba destinada do Banco do Brasil não será apenas o ciclismo de estrada como também fará parte ativamente deste projeto modalidades como BMX, MTB e Ciclismo de Pista. Todas as categorias estarão recebendo o investimento e assim melhorando suas estruturas, aumentando tambem o investimento nas categorias de base e focando competições do ranking internacional para melhorar a posição do Brasil, podendo assim participar de Jogos olímpicos, mundiais e pan-americanos em cada modalidade com o maior numero possível de atletas.
"A parceria com o Banco do Brasil será um marco para o ciclismo brasileiro sem nenhuma dúvida, com esse investimento todas as modalidades do ciclismo terão uma nova estrutura de trabalho e os resultados consequentemente aparecerão" comentou Vasconcelos.
Parece que o ciclismo do Brasil conseguiu ser enxergado com bons olhos, basta agora trabalhar firme e distribuir da melhor forma o investimento do BB para colher os frutos em um futuro próximo.

O que é o medo

O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo, que pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico etc.
Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.
A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.
O medo pode se transformar em uma doença (a Fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo se chama Dessensibilização Sistemática. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de restruturação cognitiva em que ocorre uma re-aprendizagem, ou ressignificação, da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada. (Wikipedia)
COMO FUNCIONA O MEDO, SUA FUNÇÃO E O QUE ACONTECE QUANDO SE TEM MEDO DEMAIS (OU DE MENOS) O QUE O MEDO SIGNIFICA, NA PRÁTICA, PARA O CORPO? Vivemos esse processo do medo em diversos momentos do dia, como quando precisamos frear bruscamente o carro. Somos inundados por adrenalina, um hormônio que ativa o sistema nervoso simpático, aquele responsável por nos fazer agir e reagir quando preciso. Ele acelera os batimentos cardíacos, aumenta a pressão arterial e a concentração de açúcar no sangue, e ativa o metabolismo geral do corpo. Tudo isso acontece sem que tenhamos controle. Em situações de medo, o corpo fica pronto para reagir, portanto outras funções, como o sono, a fome, a atenção e a libido ficam de lado.
A FUNÇÃO DO MEDO É BASICAMENTE NOS PROTEGER? Mais do que isso. Somos seres que respondem ao meio ambiente. Nossas respostas possuem apenas duas dimensões, a raiva e o medo. Funciona como um gráfico, sendo a raiva a linha vertical e o medo (ou prudência, vontade de sobreviver e se preservar). Pessoas com falta de raiva ou energia estão apáticas. Com excesso, estão irascíveis, provavelmente em estado de euforia ou mania. Já pânico é o medo exacerbado. E medo de menos é distração, que pode significar distúrbio de atenção, por exemplo. Combinações desses desequilíbrios representam todas as manifestações de doenças psiquiátricas. A saúde mental está justamente na capacidade de ter reações flexíveis. Medo quando é preciso, energia quando possível.
É PRECISO TER UM POUCO DE MEDO ENTÃO? Exato. Veja um exemplo: você decide ir ao jogo do seu time no Maracanã, vestido com a camisa e levando uma bandeira. No entanto, ao sair na rua, vê uma multidão do time adversário bem em frente a sua porta. O excesso de medo poderia fazer com que ficasse trancado no banheiro, paralisado, coração acelerado. É pânico, e faria você perder o jogo. Já medo de menos faria com que você saísse à rua. Igualmente, não chegaria ao jogo, já que a torcida não está nem aí se você está enfrentando ou apenas distraído. A euforia é assim: falta de medo com excesso de energia. O ideal é voltar pra casa, colocar uma camiseta neutra e levar a do time em uma sacola, ligar para o amigo que está vindo encontrar, chamar um táxi. Não seria a reação mais prudente? Tem um pouco de medo nela.
MAS O QUE LEVA O PAVOR A TOMAR CONTA ÀS VEZES? Nosso corpo funciona como uma máquina, e uma máquina sobrecarregada pifa em algum momento. Quando a demanda de reação de fuga ou luta está muito alta em nosso corpo, ou seja, quando enfrentamos muitas situações que ameaçam nossa integridade física ou identidade existencial, corremos o risco de alguns neurotransmissores "travarem". Aí a pessoa passa a ter reações sem relação de causa e efeito e pode reagir como se tivesse uma arma apontada para a cabeça, suando e com taquicardia, embora não esteja em perigo real. O inverso poderia ocorrer também, e a pessoa ficar deprimida. Esse tipo de coisa tende a acontecer cada vez mais, já que nossas rotinas modernas levam a essa exaustão. Trânsito, violência, excesso de trabalho, internet, celular...
E AS FOBIAS?Fobias são medos específicos. Devem ser tratadas, assim como o pânico (que é a reação de medo generalizada) e o estresse pós-traumático (que apresenta os mesmos sintomas, mas tem uma causa pontual, como um assalto ou acidente). No entanto, é importante entender que o medo salvou a nossa espécie. Por exemplo: se eu, homem das cavernas, comesse uma planta venenosa, teria o reflexo do vômito na hora. Por fobia, sentiria a mesma vontade quando visse a planta de novo. Isso não protegeria só a mim de um envenenamento, mas também a você. Eu não teria linguagem para explicar que a planta é venenosa, mas, ao ver minha reação, você entenderia que coisa boa não é. Dizem que as mulheres têm mais fobias de barata, aranha e outros animais peçonhentos porque esses já foram grandes perigos para a saúde de sua família.

terça-feira, 19 de maio de 2009

1ª Etapa do Circuito Pro Adventure

Neste sábado dia 16 de maio, o Clube de Aventura reuniu cerca de 150 atletas na primeira etapa do circuito Pro Adventure 2009. A prova, que teve largada no Shopping Catuaí, contou com trechos de MTB, Trekking, canionismo, técnicas verticais e orientação, numa distância de 45km, o mínimo exigido pelo Ranking Brasileiro de Corridas de Aventura.
Divididos nas categorias duplas, duplas mistas e solo, foi dada a largada as 15:20 da tarde. O pelotão saiu embolado num pequeno trecho de corrida até o primeiro AT, onde estavam as bicicletas, seguindo em direção ao PC1. Aos poucos o grande pelotão foi se abrindo pelo ritmo imposto pelos líderes da prova. O grande segredo era o PC2, onde muitas equipes se perderam, estrategicamente alocado as margens de um pequeno ribeirão. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer algumas atrações da região, como a Cachoeira do Ribeirão Cafezal, e o canionismo até a queda do pica-pau. O rapel na pedreira do Cafezal foi realizado já a noite. As primeiras equipes chegaram ao local depois das 18:30.
Sem muita complicação, as 20:15, com 4h55 min de prova, chegou a primeira equipe; Snake, Forma D' Água, Clube de Aventura da categoria solo, Adilson Koizumi, seguido pela primeira dupla, composta por Rafael e Marcelo, cerca de 1 minuto depois.
Para quem nunca experimentou, convido a tentar, pois é uma experiência muito diferente de outras modalidades esportivas, onde muita gente faz por diversão e contemplação das belas paisagens por onde a corrida passa.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Comunidade modelo vira referência

Achei muito interessante esta iniciativa de uma comunidade e estou repassando a informação.
Os moradores desta comunidade afluente são pioneiros suburbanos. Eles superaram a maioria das mães que levam os filhos para jogar futebol ou executivos que fazem todos os dias o trajeto dos subúrbios até o centro da cidade: essas pessoas abriram mão dos seus carros.
Estacionamentos de rua, driveways e garagens são, em geral, proibidas neste novo distrito experimental na periferia de Freiburg, perto da fronteira com a Suíça.
Nas ruas de Vauban os carros estão totalmente ausentes - com exceção da rua principal, por onde passa o bonde para o centro de Freiburg, e de umas poucas ruas na zona limítrofe da comunidade. A propriedade de automóveis é permitida, mas só há dois locais para estacionamento - grandes garagens localizadas no limite da comunidade, onde os proprietários compram uma vaga, por US$ 40 mil, juntamente com uma casa.
Como resultado, 70% das famílias de Vauban não têm automóveis, e 57% venderam o carro para se mudarem para cá. "Quando eu tinha carro, estava sempre tensa. Desta forma sou muito mais feliz", afirma Heidrun Walter, profissional de mídia e mãe de dois filhos, enquanto caminha pelas ruas cercadas de verde, onde o ruído das bicicletas e a conversa das crianças que passeiam abafam o barulho ocasional de um motor distante. Vauban, que foi concluída em 2006, é um exemplo de uma tendência crescente na Europa, nos Estados Unidos e em outros locais. Trata-se da separação entre a vida suburbana e a utilização de automóveis, como parte integrante de um movimento chamado de "planejamento inteligente".
Os automóveis são um fator de coesão dos subúrbios, onde as famílias de classe média de Chicago a Xangai costumam construir as suas residências. E, isso, segundo os especialistas, consiste em um grande obstáculo para os atuais esforços no sentido de reduzir drasticamente as emissões de gases causadores do efeito estufa que saem pelos canos de descarga, com o objetivo de reduzir o aquecimento global. Os carros de passageiros são responsáveis por 12% das emissões de gases causadores do efeito estufa na Europa - uma proporção que só está aumentando, segundo a Agência Ambiental Europeia -, e por até 50% em algumas áreas dos Estados Unidos. Embora nas duas últimas décadas tenha havido tentativas de tornar as cidades mais densas e mais propícias para as caminhadas, os planejadores urbanos estão levando agora esse conceito para os subúrbios e concentrando-se especificamente em benefícios ambientais como a redução de emissões. Vauban, que tem 5,500 habitantes e uma área aproximada de 2,6 quilômetros quadrados, pode ser a experiência mais avançada em vida suburbana com baixa utilização de automóveis. Mas os seus preceitos básicos estão sendo adotados em todo o mundo em tentativas de tornar os subúrbios mais compactos e mais acessíveis ao transporte público, com menos espaço para estacionamento. Segundo essa nova abordagem, os estabelecimentos comerciais situam-se ao longo de calçadões, ou em uma rua principal, e não em shopping centers à beira de uma auto-estrada distante. "Todo o nosso desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial esteve concentrado no automóvel, e isso terá que mudar", afirma David Goldberg, funcionário da Transportation for America, uma coalizão de centenas de grupos nos Estados Unidos - incluindo instituições ambientais, prefeituras e a Associação Americana de Aposentados - que estão promovendo novas comunidades que sejam menos dependentes dos carros. Goldberg acrescenta: "A quantidade de tempo que se passa ao volante de um carro é tão importante quanto possuir um automóvel híbrido".Levittown e Scarsdale, subúrbios de Nova York com casas de áreas enormes e garagens privadas, eram os bairros dos sonhos na década de 1950, e ainda atraem muita gente. Mas alguns novos subúrbios podem muito bem lembrar mais Vauban, não só nos países desenvolvidos, mas também no mundo subdesenvolvido, onde as emissões da frota cada vez maior de carros particulares da crescente classe média estão sufocando as cidades. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental está promovendo as "comunidades com número reduzido de carros", e os legisladores estão começando a agir, apesar de que com cautela. Muitos especialistas acreditam que o transporte público que atende aos subúrbios desempenhará um papel bem maior em uma nova lei federal de transporte aprovada neste ano, afirma Goldberg. Nas legislações anteriores, 80% das apropriações destinavam-se, por lei, a auto-estradas, e apenas 20% a outras formas de transporte.Na Califórnia, a Associação de Planejamento da Área de Hayward está desenvolvendo uma comunidade semelhante a Vauban chamada Quarry Village, nos arredores de Oakland. Os seus moradores podem ter acesso sem carro ao sistema de trânsito rápido da Área da Baía e ao campus da Universidade Estadual da Califórnia em Hayward.
Placas como esta foram instaladas pelas ruas do distrito de Vabuan, nos arredores de Freiburg
Sherman Lewis, professor emérito da universidade e líder da associação, diz que "mal pode esperar para mudar-se" para a comunidade, e espera que Quarry Village possibilite que ele venda um dos dois automóveis da família e, quem sabe, até mesmo os dois. Mas o atual sistema ainda conspira contra o projeto, diz ele, observando que os bancos imobiliários temem uma queda do valor de revenda de casas de meio milhão de dólares que não têm lugar para carros. Além disso, a maior parte das leis de zoneamento urbano dos Estados Unidos ainda exige duas vagas para automóveis por unidade residencial. Quarry Village obteve uma isenção dessa exigência junto às autoridades de Hayward.
Além disso, geralmente não é fácil convencer as pessoas a não terem carros.
"Nos Estados Unidos as pessoas são incrivelmente desconfiadas em relação a qualquer ideia de não possuir carros, ou mesmo de ter menos veículos", diz David Ceaser, co-fundador da CarFree City USA, que afirma que nenhum projeto suburbano do tamanho de Vauban banindo os automóveis teve sucesso nos Estados Unidos. Na Europa, alguns governos estão pensando em escala nacional. Em 2000, o Reino Unido deu início a uma iniciativa ampla no sentido de reformar o planejamento urbano, desencorajando o uso de carros ao exigir que os novos projetos habitacionais fossem acessíveis por transporte público. "Os módulos urbanos relativos a empregos, compras, lazer e serviços não devem ser projetados e localizados sob a premissa de que o automóvel representará a única forma realista de acesso para a grande maioria das pessoas", afirma o PPG 13, o documento revolucionário de planejamento, lançado pelo governo britânico em 2001. Dezenas de shopping centers, restaurantes de fast-food e complexos residenciais tiveram a licença recusada com base na nova regulamentação britânica. Na Alemanha, um país que é a pátria da Mercedes-Benz e da Autobahn, a vida em um local onde a presença do automóvel é reduzida, como Vauban, tem o seu próprio clima diferente. A área é longa e relativamente estreita, de forma que o bonde que segue para Freiburg fica a uma distância relativamente curta a pé a partir de todas as casas. Ao contrário do que ocorre em um subúrbio típico, aqui as lojas, restaurantes, bancos e escolas estão mais espalhadas entre as casas. A maioria dos moradores, como Walter, possui carrinhos que são rebocados pelas bicicletas para fazer compras ou levar as crianças para brincar com os amigos. Para deslocamentos a lojas como a Ikea ou às colinas de esquiação, as famílias compram carros juntas ou usam automóveis arrendados comunitariamente pelo clube de compartilhamento de automóveis de Vauban. Walter já morou - com carro privado - em Freiburg e nos Estados Unidos. "Se você tiver um carro, a tendência é usá-lo", diz ela. "Algumas pessoas mudam-se para cá, mas vão embora logo - elas sentem saudade do carro estacionado em frente à porta".
Vauban, local em que se situava uma base do exército nazista, ficou ocupada pelo exército francês do final da Segunda Guerra Mundial até a reunificação da Alemanha, duas décadas atrás. Como foi projetada para ser uma base militar, a sua planta nunca previu o uso de carros privados: as "ruas" eram passagens estreitas entre as instalações militares. Os prédios originais foram demolidos há muito tempo. As elegantes casas enfileiradas que os substituíram são construções de quatro ou cinco andares, projetados de forma a reduzir a perda de calor e maximizar a eficiência energética. Elas possuem madeiras exóticas e varandas elaboradas; casas isoladas das outras são proibidas. Por temperamento, as pessoas que compram casas em Vauban tendem as ser "porquinhos da índia verdes" - de fato, mais da metade dos moradores vota no Partido Verde alemão. Mesmo assim, muitos afirmam que o que os faz morar aqui é a qualidade de vida. Henk Schulz, um cientista que em uma tarde do mês passado observava os três filhos pequenos caminhando por Vauban, lembra-se com entusiasmo da primeira vez que comprou um carro. Agora, ele diz que está feliz por criar os filhos longe dos automóveis; ele não tem que se preocupar muito com a segurança deles nas ruas.Nos últimos anos, Vauban tonou-se um nicho comunitário bem conhecido, apesar de não ter gerado muitas imitações na Alemanha. Mas não se sabe se este conceito funcionará na Califórnia. Mais de cem candidatos se inscreveram para comprar uma casa na Quarry Village, e Lewis ainda está procurando um investimento de US$ 2 milhões para dar início ao projeto. Mas, caso a ideia não dê certo, a sua proposta alternativa é construir no mesmo local um condomínio no qual o uso do automóvel seja totalmente liberado. Ele se chamaria Village d'Italia.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O que a UIAA diz a respeito....

Recomendações UIAA para grampeações
Em alguns lugares, alguns escaladores usaram, erroneamente, o nome da UIAA (União Internacional das Associações de Alpinismo) para tentar justificar certos atos com relação a grampeação de vias, aliás, amplamente discutido, em diversos blogs e sites de montanhistas

A UIAA foi consultada e a opinião oficial da entidade está no texto abaixo
Este documento foi produzido em resposta as associações nacionais de montanhismo por conselhos no uso de proteções fixas. As opiniões sobre este assunto são fortes (ver, por exemplo, o Boletim 3/98 da UIAA - “Montanhas em Aço e Ferro”). Algumas destas organizações estavam preocupadas com o fato de que, sem um consenso entre escaladores e montanhistas, outras instituições tentariam impor regras às nossas atividades. Em algumas regiões alpinas disputas maiores surgiram entre escaladores do tipo “plaisir” (prazer) e “puristas” - escaladores que preferem um estilo tradicional de praticar a escalada e o montanhismo. Esta disputa desencadeou um círculo vicioso de remoções, adições e novas remoções de grampos em certas vias. Em 1998, a pedido da Comissão de Montanhismo da UIAA, os clubes alpinos da Alemanha e da Áustria, que já estavam discutindo este tópico, criaram um grupo de trabalho para rascunhar um documento balizador. Uma ampla gama de pontos de vista foi considerada pelo grupo. Além disso, informações sobre o uso de grampos no maciço do Mont Blanc foram apresentadas em encontros como o da ENSA (Escola Nacional de Esqui e Alpinismo, da França) em 12-13 de novembro de 1998.

O documento foi então apresentado no Encontro e Seminário Internacional de Escalada Invernal de 1999 em Aviemore, Escócia. Este encontro contou com mais de 100 escaladores de 28 países, que por unanimidade endossaram o documento. Ele conclama os escaladores de todo o mundo a considerarem-no detalhadamente, de tal forma que um consenso baseado na boa prática pudesse ser estabelecido e a liberdade para praticarmos nossas atividades protegida.O documento foi finalmente adotado pelo Conselho da UIAA em maio de 2000, durante o encontro de Plas y Brenin, Wales. Preâmbulo. A escalada é um esporte popular, praticado por toda a vida, caracterizado por relacionamentos humanos duradouros, contato direto com a natureza e a intensidade da atividade física. A escalada é um fator estabilizador para muitas pessoas, proporcionando-lhes um senso de objetivo. Do ponto de vista sócio- político, a escalada contribui para a saúde pública ao contrabalançar os efeitos da falta de atividade física. Além disso, psicólogos e educadores reconhecem que escalar ao ar livre reforça traços positivos de caráter como confiabilidade, senso de responsabilidade e a capacidade de trabalhar em equipe.

· Escalar montanhas dá a chance aos indivíduos - especialmente os mais jovens - de desenvolver o seu senso de responsabilidade. Esse aspecto é mais ou menos pronunciado dependendo do estilo de escalada envolvido. O grau de responsabilidade requerido numa escalada depende da quantidade de proteção na via:

  • escalar vias de rocha com pouca proteção exige uma medida especialmente alta de ponderação por parte do escalador, para a sua própria segurança e a de seu parceiro.
  • Observado o respeito pelo meio ambiente natural, o livre acesso às áreas alpinas selvagens é um direito fundamental. Possibilidades suficientes para a prática do esporte da escalada em rocha só podem ser garantidas se este direito à liberdade de movimento for garantido, e sofrer restrições apenas em casos isolados e bem fundamentados, considerados como absolutamente necessários.
  • Assim como a caminhada, a escalada em rocha na Europa é um fator econômico significativo nos baixos e altos maciços montanhosos. Devido à natureza econômica de muitas dessas regiões, escaladores e familiares que com eles viajam são, freqüentemente, uma fonte essencial de renda, tanto para o abastecimento dessas áreas quanto para o decorrente comércio varejista.
  • Neste documento, as medidas de atualização (redevelopment) referem-se à olocação de proteção fixa em vias de escalada em rocha em consonância com os padrões correntes de segurança técnica. A Restauração de Vias de Escalada em Rocha
Na evolução da escalada em maciços montanhosos baixos, bem como nas áreas baixas dos maciços elevados, muitos escaladores desenvolveram uma predileção por vias esportivas bem protegidas, ou vias “divertidas”. Um grande número de escaladores alpinos preferem que hajam bons grampos nas enfiadas e paradas das vias de escalada em rocha mais populares. Por outro lado, um bom número dos escaladores que freqüentam as montanhas estão interessados na manutenção do caráter original das áreas e de suas escaladas em rocha. Eles preferem que não existam grampos, tanto parcial quanto integralmente. A quantidade e a qualidade das proteções fixas de uma escalada em rocha é um instrumento efetivo para influenciar a sua popularidade: vias bem protegidas são repetidas mais freqüentemente do que aquelas mal protegidas. Desta forma, em áreas ecologicamente sensíveis a proteção permanente deve ser reduzida a um mínimo. Por outro lado, em áreas menos sensíveis um maior número de possibilidades para a escalada pode ser criado pelo estabelecimento de vias de rocha bem protegidas. Áreas de escalada desenvolvidas sob estas diretrizes não representam uma ameaça ao meio ambiente.

Uma pluralidade dos vários estilos de escalada é desejável e bem-vinda como uma expressão das legítimas preferências individuais dos escaladores. Para permitir esta pluralidade, nós fazemos as seguintes recomendações (grifo dos autores):

a) As medidas de atualização devem ficar limitadas a uma seleção de vias de escalada bem freqüentadas.
b) Certas áreas alpinas, montanhas ou partes de montanhas podem ser excluídas destas medidas como forma de reterem o seu caráter original.
c) Vias de escalada em rocha que representam marcos na história alpina (por exemplo, a Face Norte do Eiger/ via Heckmair, Laridererverschneidung, Esporão Sul do Marmolata, Pumprisse, Grandes Jorasses/Esporão Walker, Face Norte do Dru, Travessia do Grepon ou do Meije) devem ser deixadas em seu estado original. Este princípio também se aplica para as vias de escalada em rocha de grande significado local (como a via Gelbe Mauer Direta, no Untersberg, e a Fissura Batert, no Gehrensptize).
d) Um princípio básico da atualização das escaladas em rocha é que o caráter da via deve permanecer intacto:
  • A linha da conquista não deve ser alterada. · Vias e enfiadas de corda individuais conquistadas “limpas” (usando apenas nuts, friends, fitas etc.) não devem receber grampos adicionais.
  • Grampos não serão colocados em trechos que podem ser feitos com material móvel por escaladores do grau daquela via.
  • Lances longos não devem ser neutralizados com grampos adicionais (não “mate” um lance longo).
  • A dificuldade de uma via não deve ser alterada através das medidas de atualização. Passagens artificiais deixadas pelos conquistadores devem continuar podendo ser feitas em artificial após a atualização. O número de proteções fixas numa via atualizada deve ser menor do que o número de peças original. Por exemplo, diversos pítons podem substituídos por um único grampo.· Para todas as medidas de atualização, somente material que atinja os padrões europeus e da UIAA devem ser utilizados. A atualização deve ser levada a cabo dentro dos padrões reconhecidos sob os auspícios da organização administrativa (dos escaladores).
  • Uma via não deve ser atualizada contra o desejo de seu conquistador.
e) O método válido para atualizações em uma dada área de escalada é definido - com base nas presentes recomendações - pelos seus escaladores experientes e pelos grupos de escalada locais, se necessário em cooperação com as autoridades responsáveis. Manter o poder de decisão no nível local garante a cada área o seu próprio caráter independente. A atividades das organizações de escaladores devem ser coordenadas por um comitê supra-regional, de forma a garantir os fluxos de informações horizontais e verticais e para assegurar uma qualidade de procedimentos uniformemente elevada. Em caso de conflito, o comitê funcionará como mediador.

A Conquista de Escaladas em Rocha
a) Em regiões alpinas, as conquistas devem ser feitas exclusivamente de baixo para cima (sem pré-fixações feitas com corda de cima).
b) Nas áreas excluídas das medidas de atualização os grampos devem ser reduzidos a um mínimo absoluto, e deve ficar a cargo de cada conquistador(a) estabelecer o padrão da sua própria via.
c) Não se pode acabar com o caráter independente das vias adjacentes.
d) Especialmente nas zonas próximas aos vales, ou em outras partes facilmente acessíveis das montanhas, áreas especiais para escalada esportiva podem ser estabelecidas - desde que isso seja feito de uma forma ecologicamente consistente e sem obstruir outras áreas de escalada existentes. Essas medidas precisam ser aprovadas pela organização de escaladores responsável por aquela área.
Comissão de Montanhismo da UIAA

domingo, 10 de maio de 2009

Vale a pena conhecer


As quinze montanhas espalhadas pelo mundo consideradas as mais bonitas. São elas:

1ª - Trango Nameless Tower – Paquistão
2ª - Cerro Torre - Patagônia, Argentina
3ª - Saint Matterhorn, Zermatt, Suíça
4ª - Las Torres, Parque Nacional Torres del Paine, Patagônia, Argentina
5ª - Bugaboo Spire - Columbia-Kootenay, Canadá
6ª - Monte Roraima – Venezuela, Brasil, Guiana
7ª - Monte Thor - Ilha Baffin, Canadá
8ª - El Capitan - Yosemite National Park, Califórnia, Estados Unidos
9ª - Prekestolen - Forsand, Noruega
10ª - Las Torres de Vajolet - Alpes Italianos
11ª - Agulha do Diabo – Petrópolis, Parnaso, Rio de Janeiro
12ª - Shiprock - Novo México
13ª - Spider Rock – Arizona, Estados Unidos
14ª - Dead Horse Point – Utah, Estados Unidos
15ª - Meteora, Grécia

Aproveite os descansos, para descansar

Quem já escalou uma parede vertical ou negativa sabe o quanto o antebraço cansa, ficando “tijolado”, dizem os escaladores. Isto acontece principalmente quando se está escalando próximo do seu limite, oou mesmos os iniciantes, que colocam uma força além do necessário e cansam-se rapidamente. Chega-se a um ponto em que a mão do escalador não consegue mais fechar com a força necessária para mantê-lo na parede. Por mais que se tente, o braço não responde e aí acaba-se caindo. Retardar o máximo chegar a esse ponto de fadiga é uma busca constante de quem gosta de escalar próximo do limite. Para isso, além de treinar a técnica, para se mover de maneira eficiente, e a força, é preciso também saber descansar no meio da via. Mesmo escaladores de ponta precisam descansar no meio de uma escalada difícil. Descansar deve fazer parte da sua estratégia para escalar melhor.

Um dos princípios básicos para não gastar energia desnecessariamente é manter os braços esticados sempre que se estiver parado, procurando pela próxima agarra, assim, o peso do corpo fica em parte sobre os ossos e não somente nos músculos. Faça o teste numa barra, anote o tempo que você fica pendurado com os dois braços esticados e depois compare com o tempo obtido usando os dois braços dobrados. Muito importante também é não apertar as agarras com força em excesso, mas ao contrário, usar a força mínima necessária. É preciso relaxar e não ficar tenso demais com medo da queda ou preocupado em encadear a via. Outra dica é respirar normalmente, sem prender a respiração. Aproveite os descansos para respirar fundo e oxigenar o organismo. Enquanto estiver escalando procure por lugares onde você possa descansar, mesmo que seja no meio de um negativo. Pode ser uma agarra de pé, onde você consiga soltar as mãos, ou uma agarra de mão, que lhe permita balançar o outro braço para baixo, ao lado do corpo. Trocar e balançar as mãos dá aos músculos sangue novo e uma sobrevida, aumentando as suas chances de fazer as próximas passadas. O tempo usado para relaxar cada mão vai depender do seu condicionamento, do quanto está tijolado no momento e do tamanho da agarra.

Descansar é uma arte, seja entalando o joelho ou com as pernas bem abertas, ou até usando a cabeça, tudo é possível. E você ainda pode inventar a sua maneira particular de descansar enquanto escala. Utilize os pés para escalar; os músculo das pernas são muito mais fortes e suportam mais força. Utilize-os.

Tão importante quanto descansar é escalar com ritmo. Quando estiver numa via difícil, o escalador deve olhar adiante e analisar as próximas passadas. É importante planejar a escalada prevendo paradas regulares para descansar, e fazendo os lances difíceis com decisão, sem perda de tempo. Nos trechos mais fáceis, é melhor diminuir o ritmo, procurando por descansos e deixando a respiração voltar ao normal. Usar de tática também faz parte do jogo.