segunda-feira, 1 de junho de 2009

O que é o medo

O medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. Pavor é a ênfase do medo, que pode provocar reações físicas como descarga de adrenalina, aceleração cardíaca e tremor. Pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico etc.
Medo é uma reação obtida a partir do contato com algum estímulo físico ou mental (interpretação, imaginação, crença) que gera uma resposta de alerta no organismo. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.
A resposta anterior ao medo é conhecida por ansiedade. Na ansiedade o indivíduo teme antecipadamente o encontro com a situação ou objeto que lhe causa medo. Sendo assim, é possível se traçar uma escala de graus de medo, no qual, o máximo seria o pavor e, o mínimo, uma leve ansiedade.
O medo pode se transformar em uma doença (a Fobia) quando passa a comprometer as relações sociais e a causar sofrimento psíquico. A técnica mais utilizada pelos psicólogos para tratar o medo se chama Dessensibilização Sistemática. Com ela se constrói uma escala de medo, da leve ansiedade até o pavor, e, progressivamente, o paciente vai sendo encorajado a enfrentar o medo. Ao fazer isso o paciente passa, gradativamente, por um processo de restruturação cognitiva em que ocorre uma re-aprendizagem, ou ressignificação, da reação que anteriormente gerava a resposta de alerta no organismo para uma reação mais equilibrada. (Wikipedia)
COMO FUNCIONA O MEDO, SUA FUNÇÃO E O QUE ACONTECE QUANDO SE TEM MEDO DEMAIS (OU DE MENOS) O QUE O MEDO SIGNIFICA, NA PRÁTICA, PARA O CORPO? Vivemos esse processo do medo em diversos momentos do dia, como quando precisamos frear bruscamente o carro. Somos inundados por adrenalina, um hormônio que ativa o sistema nervoso simpático, aquele responsável por nos fazer agir e reagir quando preciso. Ele acelera os batimentos cardíacos, aumenta a pressão arterial e a concentração de açúcar no sangue, e ativa o metabolismo geral do corpo. Tudo isso acontece sem que tenhamos controle. Em situações de medo, o corpo fica pronto para reagir, portanto outras funções, como o sono, a fome, a atenção e a libido ficam de lado.
A FUNÇÃO DO MEDO É BASICAMENTE NOS PROTEGER? Mais do que isso. Somos seres que respondem ao meio ambiente. Nossas respostas possuem apenas duas dimensões, a raiva e o medo. Funciona como um gráfico, sendo a raiva a linha vertical e o medo (ou prudência, vontade de sobreviver e se preservar). Pessoas com falta de raiva ou energia estão apáticas. Com excesso, estão irascíveis, provavelmente em estado de euforia ou mania. Já pânico é o medo exacerbado. E medo de menos é distração, que pode significar distúrbio de atenção, por exemplo. Combinações desses desequilíbrios representam todas as manifestações de doenças psiquiátricas. A saúde mental está justamente na capacidade de ter reações flexíveis. Medo quando é preciso, energia quando possível.
É PRECISO TER UM POUCO DE MEDO ENTÃO? Exato. Veja um exemplo: você decide ir ao jogo do seu time no Maracanã, vestido com a camisa e levando uma bandeira. No entanto, ao sair na rua, vê uma multidão do time adversário bem em frente a sua porta. O excesso de medo poderia fazer com que ficasse trancado no banheiro, paralisado, coração acelerado. É pânico, e faria você perder o jogo. Já medo de menos faria com que você saísse à rua. Igualmente, não chegaria ao jogo, já que a torcida não está nem aí se você está enfrentando ou apenas distraído. A euforia é assim: falta de medo com excesso de energia. O ideal é voltar pra casa, colocar uma camiseta neutra e levar a do time em uma sacola, ligar para o amigo que está vindo encontrar, chamar um táxi. Não seria a reação mais prudente? Tem um pouco de medo nela.
MAS O QUE LEVA O PAVOR A TOMAR CONTA ÀS VEZES? Nosso corpo funciona como uma máquina, e uma máquina sobrecarregada pifa em algum momento. Quando a demanda de reação de fuga ou luta está muito alta em nosso corpo, ou seja, quando enfrentamos muitas situações que ameaçam nossa integridade física ou identidade existencial, corremos o risco de alguns neurotransmissores "travarem". Aí a pessoa passa a ter reações sem relação de causa e efeito e pode reagir como se tivesse uma arma apontada para a cabeça, suando e com taquicardia, embora não esteja em perigo real. O inverso poderia ocorrer também, e a pessoa ficar deprimida. Esse tipo de coisa tende a acontecer cada vez mais, já que nossas rotinas modernas levam a essa exaustão. Trânsito, violência, excesso de trabalho, internet, celular...
E AS FOBIAS?Fobias são medos específicos. Devem ser tratadas, assim como o pânico (que é a reação de medo generalizada) e o estresse pós-traumático (que apresenta os mesmos sintomas, mas tem uma causa pontual, como um assalto ou acidente). No entanto, é importante entender que o medo salvou a nossa espécie. Por exemplo: se eu, homem das cavernas, comesse uma planta venenosa, teria o reflexo do vômito na hora. Por fobia, sentiria a mesma vontade quando visse a planta de novo. Isso não protegeria só a mim de um envenenamento, mas também a você. Eu não teria linguagem para explicar que a planta é venenosa, mas, ao ver minha reação, você entenderia que coisa boa não é. Dizem que as mulheres têm mais fobias de barata, aranha e outros animais peçonhentos porque esses já foram grandes perigos para a saúde de sua família.

Nenhum comentário: