sexta-feira, 3 de abril de 2009

O limite

Em um curto período, as provas de ultra-endurance evoluíram muito além do imaginável. Tudo começou com a maratona, com seus 42.195 metros, logo em seguida, as ultra-maratonas com distâncias superiores a esta. Se complicar era a ordem do dia, surgiram as corridas de montanha e desafios extremos, como travessias de desertos, florestas inóspitas, com variações altimétricas e de temperatura exagerados.
Nos multiesportes, surgiu o Ironman, um desafio enorme para a época, em que apenas 15 atletas participaram e os sobreviventes foram tidos como heróis. Quase vinte anos depois, em 1997, criou-se o Deca Ironman, um circuito dez vezes a distância do original, em que somente dez atletas do mundo participam.
Cada vez mais com o apelo de "extremos", surgem novas modalidades. Em seguida, veio o cross triathlon e o multisport, o primeiro como o triathlon offroad e o outro como o triathlon das montanhas, desafiando seus competidores.
Dentro desta mania de superação de limites, surgiu mais recentemente as corridas de aventura, juntando, muita resistência física, trabalho em equipe, estratégia e principalmente inteligência.
Mas é claro que o desenvolvimento não foi somente dos esportes, mas dos atletas, que cada vez mais exigiam superação. Cada vez mais atletas saem do Brasil em busca de novas experiências em provas de alta resistência, sob condições desumanas.

"Essas motivações têm origem nas necessidades fisiológicas e psicológicas. As fisiológicas são comer, beber, fazer sexo etc. As psicológicas são o amor, o status, o reconhecimento, o autoconhecimento. Algumas pessoas conseguem transformar um momento de sofrimento em prazer", afirma Carla di Pierro, psicóloga especializada em esporte pelo Instituto Sedes Sapentiae. Sem contar é claro os viciados em "Endorfina" (substância que o organismo libera após exercícios físicos). Mas atletas sempre tem alguma motivação, objetivo e principalmente comprometimento no que estão propostos a fazer.

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