domingo, 12 de abril de 2009

Esportes de aventura produzem 'hormônios da morte'

Por Nuno Cobra

Cada vez mais as atividades esportivas vêm se radicalizando. Esportes tradicionais desenvolvem a velocidade, habilidades, resistência, entre outros fatores do corpo humano, tais como, andar centenas de quilômetros de bicicleta, correr uma maratona, ou mesmo fazer uma travessia oceânica. Algumas décadas atrás surgiu o multiesporte, como o triatlo e mais a frente, as corridas de aventura.
Com o advento de diversos esportes, criou-se o conceito de 'aeroman', o homem se lança em vôos livres, paragliding, etc.
Não é mais assim uma coisa de louco, pessoas saltarem com um pequeníssimo pára-quedas que, depois de uma terrificante queda livre, se abre no último instante da sua chegada ao solo ou na água. Tudo isto para quê?

'Hormônios da morte' e do prazer
Isto porque nestas situações onde os limites do corpo - e da vida - são colocados à toda prova, proporcionam algo mais na corrente circulatória, movimentando hormônios que até então eram desconhecidos. São os chamados 'hormônios da morte'. Eles são fascinantes e levam as pessoas à 'loucura' entre a vida e a morte.
Existem estudos afirmando que a pessoa minutos antes de morrer, libera hormônios de prazer com o objetivo de facilitar a 'passagem para o outro lado'. E nestas situações-limite esses mesmos hormônios são liberados.
O fato é que temos que nos dar conta de que a virtude está no caminho do meio. A evolução mental e espiritual é o caminho correto para tirarmos do esporte o que ele tem de melhor, sem ser levado ao exagero e com tanta agressão ao corpo.
Hoje existe um aproveitamento destes exagerados esportes radicais para uma aplicação mais light, porém muito útil para motivar os adolescentes a se envolverem com o movimento e os seus desafios. Agora nas festas de crianças e adolescentes ao invés de se tomar só refrigerante e comer hambúgueres, eles passam a ter outras atrações como: pistas de skates, paredes de escalada, cama elástica e toda sorte de movimentos que vão ocupar as suas cabeças.
É bastante louvável a aplicação destes movimentos radicais na juventude cada vez mais obesa, amorfa e sedentária. Os jovens estão sendo motivados ao movimento e à saúde, deixando este terrível lado sedentário.
Este tipo de festa trará uma juventude melhor, com emoções mais equilibradas, um corpo mais modelado e, principalmente, uma cabeça mais ativa e funcional.
O interessante destas festas é que deixam a criança ser criança, o que não acontece mais em casa e na escola. É uma oportunidade espetacular para a canalização da agressividade, direcionando esta energia supérflua para algo concreto de força e explosão. O jovem torna-se fisiologicamente mais tranqüilo e equilibrado. Além do mais proporciona um aspecto benéfico, tirando a emoção de jovens e crianças dos doces, refrigerantes, etc... Na pior das hipóteses, eles vão se destruir menos com tantas guloseimas.
Todo jovem tem esta energia supérflua e o esporte é um excelente meio para canalizá-la.

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