segunda-feira, 27 de abril de 2009

No mercado das Hardtails

Conheça aqui o que está rolando no mercado das Hardtails, aqui apresentamos pelas principais representantes das principais marcas no mercado MTB-XC (Cross-Country).

GIANT XTC COMPOSITE 2
Como o próprio nome indica, a Giant é uma das maiores e mais tradicionais fábricas de bicicleta do mundo. Como a Merida, tem sede em Taiwan, filial na China e também fabrica para outras marcas famosas. A XTC Composite é uma bike de corrida, com posição agressiva de pilotagem e um bom quadro de compósito de carbono, firme para pedalar, mas que roda de forma macia nas irregularidades do terreno. Destaque no kit de peças: transmissão e freios Shimano XT, e as boas rodas Mavic Crossmax ST. Os pneus Michelin são ótimos em terreno seco e compactado, mas se desgastam facilmente e não são tão polivalentes. Com garfo de 80 milímetros e uma posição agressiva, ela é para bikers que prezam desempenho sobre conforto.

CANNONDALE TAURINE
Dona de uma personalidade inconfundível, a inovadora Cannondale tem sua identidade calcada no garfo Lefty Speed Carbon, que se assemelha a um trem de pouso de avião e é diferente de todos os outros do mercado. Levíssima, a Taurine tem um belo quadro de carbono e é um prato cheio para quem quer uma bike diferente, com recursos tecnológicos próprios (garfo, pedivela, quadro) e máxima eficiência. O kit de peças é bem selecionado, com destaque para as rodas Mavic SLR, selim Fi'zi:k Gobi e ótima transmissão SRAM X.O. Vale ressaltar que a relação de duas coroas na frente (44/29) e cassete 11-32 atrás é para atletas em excelente forma física e mesmo assim, numa prova longa com muitas subidas, pode faltar marcha para subir.

CALOI ELITE 3.0
A Elite 3.0 é uma bike mais econômica, para o biker que está evoluindo no esporte. Tem recursos modernos, como o quadro híbrido de alumínio e carbono. Não é a bike mais leve, mesmo considerando o seu posicionamento intermediário. E tem uma escolha de garfo diferente do convencional. O bom câmbio traseiro Shimano XT distorce um pouco do restante do kit de peças, composto principalmente por componentes do grupo Deore. Pontos fracos: o garfo Rock Shox Tora, com ajuste de curso até 130 milímetros, parece um pouco fora de lugar numa bike para trilha, além de contribuir para salvar peso; e os pontos de fixação para pivôs de freio tipo V-Brake, no quadro e no garfo, não deveriam existir numa bike equipada com freios a disco.

SUNDOWN MT1
Relativamente nova no pedaço, a brasileira Sundown vem despontando e chamando a atenção de bikers que só tinham olhos para as importadas, por conta de uma linha mais sofisticada. O atual campeão brasileiro de XC, Ricardo Pscheidt, conquistou o título a bordo de uma MT1. A bike tem pedigree de campeã, com um quadro de carbono e um kit Shimano XTR completo. Além desses predicados, é hoje o melhor custo-benefício do mercado, custando consideravelmente menos que as importadas equivalentes. Isso permite que bikers experientes com orçamento apertado tenham acesso ao melhor dos mundos em termos de componentes e tecnologia do carbono. O que poderia ser melhor: rabeiras superiores lisas, sem as sedes para pivôs de freio tipo V-Brake, e vir com garfo Rock Shox SID modelo novo. A geometria parece um pouco empinada demais, com ângulos na casa de 72 graus na caixa de direção e 76 no tubo do selim, bem fora dos tradicionais 71/73 testados e aprovados.

SPECIALIZED STUMPJUMPER EXPERT
O modelo mais recente da primeira mountain bike de produção em linha da Specialized não mudou muito em relação a 2007. Continua com o quadro de alumínio M5 (liga da própria marca), cuja geometria é responsável pela famosa tocada que conquista fãs. O kit de peças conta com um ótimo garfo Fox RL 90 milímetros (curso exclusivo para a Specialized) e um mix de câmbio traseiro SRAM X.0. com alavancas X-9, uma combinação funcional. Os freios a disco hidráulicos da Avid Ultimate 7 também são customizados, sendo uma mistura do Ultimate com o aclamado Juicy 7. Detalhes como a mesa ajustável em quatro inclinações mostram a preocupação da marca com o ajuste da bike ao ciclista. O ponto fraco dela? Roda não muito leve. E o cassete é bem simples para uma bike desse nível.

SCOTT SCALE LTD.
Leve como uma pluma, a Scale Ltd. te ajuda na piramba devido à possibilidade de usar uma ou duas marchas mais pesadas que o normal, graças à eficiência do chassi de carbono e ao peso-pena, abaixo dos 9 quilos. Nas descidas, o quadro não roda asperamente, mas a bike continua sendo uma rígida, o que limita um pouco na hora de soltar o freio. Com pinta de carro do Batman, a Scale é quase o mesmo em termos de bike, com um kit de componentes do que há de melhor. Destaque para o garfo incomum da DT, com canelas de carbono e um controle remoto da compressão, no guidão, que é prático e ergonômico. Ponto negativo para o canote de selim integrado, que é lindo e eficiente, mas pouco prático na hora de transportar ou revender a bike. O guidão com suporte integrado também limita o ajuste fino.

MERIDA CARBON FLX TEAM
A Merida é uma das fábricas mais importantes de Taiwan, com planta também na China e departamento de projetos na Alemanha. Fabrica bikes para outras marcas e desenvolve sua própria linha há mais de 20 anos. O Carbon FLX conta com o quadro rígido usado pela vitoriosa equipe Multivan Merida, que tem nomes como Jose Hermida e Gunn Rita Flesjä. Além do baixo peso do carbono, ele conta com detalhes como as rabeiras superiores Flex Stay, que conferem maior capacidade de dissipação de impactos, e a geometria afinada pelos prós da equipe. É uma bike de corrida de ponta a ponta, capaz de vencer uma Copa do Mundo em seu estado original. Ponto fraco: o acionamento remoto para regular a compressão do garfo não é o mais ergonômico.

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