quarta-feira, 29 de abril de 2009

Adrenaline!!!

WING SUIT é uma modalidade de pára-quedismo criada pelo francês Patrick de Gayardon em 1996 e que tem conquistado cada vez mais brasileiros.
O wing suit é basicamente um macacão com asas entre as pernas e braços do pára-quedista, dai o nome WING SUIT (macacão asa). Na junção dos braços com o tórax e na junção das pernas com o quadril existem entradas de ar para que as asas fiquem infladas e rígidas.
Assim o paraquedista prolonga seu vôo, fazendo com que a velocidade vertical diminua aproximadamente de 200 km/h para 120 km/h e a horizontal aumente de 30 km/h para algo próximo de 200 km/h.

Em locais como os Estados Unidos e Europa é muito comum as pessoas saltarem como no BASE, procurando pontos em montanhas, antenas, pontes entre outros. Muitos locais esta prática é proibida e punida severamente com cadeia.
Um brasileiro tem ganhado respeito nesse cenário e foi inclusive eleito Outsider pela Revista Go Outside em 2009, pelos feitos no montanhismo e BASE.

Veja link: http://gooutside.terra.com.br/edicoes/46/artigo128157-4.asp
Assista abaixo um vídeo de Nick Martinez, The Rock Monkey, londrinense radicado nos EUA.

Livros de cabeceira do sportholic

O Mergulho, Uma História de Amor e Obsessão
Não é de hoje que Pipín Ferreras desafia os limites de seu próprio corpo. O cubano mergulhador livre foi o primeiro a quebrar a marca dos 101 metros do francês Jacques Mayol, outra lenda do esporte: em 1992, Pipín desceu 120 metros com uma única respirada, e três anos depois chegou a 128 metros. Narrado em primeira pessoa, O Mergulho é um romance real que se desenrola a partir do início da relação de Ferreras com Audrey Mestre, uma estudante de biologia marinha que o procurou em 1996 no México para uma pesquisa. Além de virar seu namorado, Pipín passou a treinar a menina, que logo também virou referência mundial no mergulho livre. Uma história de amor com um final trágico em 2002, quando um acidente durante a tentativa de bater o recorde mundial de 170 metros mata Audrey. Mas o livro não é só angústia. Pipín narra a sua rotina de treinamento e comenta as técnicas que o ajudaram a se tornar um dos maiores nomes do mergulho mundial. Entre elas, a ioga pranayama, técnica que ele já praticava como exercício de respiração sem saber que havia um nome para aquilo, até que Jacques Mayol lhe apresentou a prática indiana e esta passou a ser parte essencial do cotidiano de Pipín.

O Ultramaratonista
Se está difícil achar uma brecha na jornada de trabalho, O Ultramaratonista chegou numa boa hora. Mas não pense que Dean Karnazes é um daqueles autores no estilo autoajuda, que te ensinam a planejar o tempo para deixar a sua vida mais harmoniosa. No auge de uma bem-sucedida carreira de empresário, Dean pendurou o terno, trocou o sapato pelo tênis e passou a correr sucessivas maratonas. O livro relata diversas provas que ele já participou - no deserto, no gelo, nas montanhas - e explica por que ele acredita ter vencido todas elas. Para Dean, a competição é algo interno, que traz equilíbrio, e não um desafio focado nos outros corredores. O ultramaratonista até corria na adolescência para poupar o trabalho da sua mãe de ir buscá-lo, mas nada comparado à vontade repentina que surgiu quando ele entrou na casa dos 30 e já parecia habituado à vida de empreendedor. Um de seus últimos feitos foi correr 50 maratonas durante 50 dias seguidos, projeto batizado de The North Face Endurance 50. A 50ª foi a de Nova York, em novembro passado. É ler e ter vontade de sair correndo.

Programa de Treinamento,
O ciclista Lance Armstrong e seu treinador Chris Carmichael (do comitê olímpico norteamericano há dez anos) revelam que sete semanas são suficientes para qualquer atleta, profissional ou amador, otimizar os rendimentos no esporte que pratica. Na primeira parte do livro, os autores focam o ciclismo, dando dicas de equipamentos, manutenção e reparos na bike, postura correta para pedalar e outros. Já os diversos quadros de treinamento, intitulados "dica do treinador" ou "o que Lance faz", entregam de bandeja os treinos que tornaram esse texano sete vezes campeão do Tour de France (1999 a 2005). Os autores ainda sugerem programas de concentração e resistência e orientam quanto à importância de equilibrar exercícios com a alimentação antes, durante e depois dos treinos. Outro capítulo aborda como certas condições climáticas podem atrapalhar o atleta, e como este deve enfrentar o calor, o vento e o frio excessivos. É uma obra indicada não somente aos amantes do ciclismo, mas também aos interessados em conhecer um incrível relato de superação, já que Lance se curou de um câncer antes de conquistar seus maiores títulos. A dupla comprova que determinação é a chave para o sucesso em qualquer atividade esportiva.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Tocando o Vazio

(Touching the Void, 2003)
"Nós não estávamos nem aí com ninguém e queríamos escalar o mundo. Era divertido; era brilhantemente divertido. E de vez em quando alguma coisa dava muito errado." Assim diz Joe Simpson no começo daquele que é, sem dúvida, o melhor filme já feito sobre sobrevivência - e o único longa-metragem que acertou a mão ao falar de alpinismo. Baseado no best-seller escrito por Simpson em 1998, o filme mostra em detalhes a escalada dele e de seu parceiro Simon Yates, em 1985, do Siula Grande, uma montanha de 6.350 metros no Peru. Intercalando entrevistas com os dois ingleses e uma reconstituição sem diálogos filmada nos Alpes, o diretor Kevin MacDonald reconta a história com uma autenticidade penetrante. Na descida, Simpson escorrega de um penhasco. Yates, acreditando que seu parceiro estava morto e lutando para não ser puxado para baixo pelo peso do corpo, corta a corda que os conectava. O resultado - o mergulho de Simpson numa rachadura profunda no gelo, seu milagroso rastejo para a segurança e a torturante culpa de Yates - é agonizante de ver. Mesmo quando eles se encontram, não há triunfo, só o reconhecimento de que a dor daquela experiência nunca vai desaparecer.

Opinião

"O melhor filme de ciclismo já feito é A Sunday In Hell [sem tradução em português], um documentário sobre a corrida Paris-Roubaix de 1976. O filme mostra de uma maneira profunda como é sofrer num grande clássico" Lance Armstrong

"Meu filme predileto é No Coração da Montanha, de Werner Herzog. Primeiro porque o cenário é a montanha Cerro Torre, na Patagônia. Segundo porque o filme mostra a competição entre dois alpinistas, um jovem e arrogante, que acredita que pode vencer qualquer desafio com a força, e o mais velho e experiente, que vê no alpinismo um estilo de vida. Terceiro pelo diretor, espetacular"
VITOR NEGRETE

No mercado das Hardtails

Conheça aqui o que está rolando no mercado das Hardtails, aqui apresentamos pelas principais representantes das principais marcas no mercado MTB-XC (Cross-Country).

GIANT XTC COMPOSITE 2
Como o próprio nome indica, a Giant é uma das maiores e mais tradicionais fábricas de bicicleta do mundo. Como a Merida, tem sede em Taiwan, filial na China e também fabrica para outras marcas famosas. A XTC Composite é uma bike de corrida, com posição agressiva de pilotagem e um bom quadro de compósito de carbono, firme para pedalar, mas que roda de forma macia nas irregularidades do terreno. Destaque no kit de peças: transmissão e freios Shimano XT, e as boas rodas Mavic Crossmax ST. Os pneus Michelin são ótimos em terreno seco e compactado, mas se desgastam facilmente e não são tão polivalentes. Com garfo de 80 milímetros e uma posição agressiva, ela é para bikers que prezam desempenho sobre conforto.

CANNONDALE TAURINE
Dona de uma personalidade inconfundível, a inovadora Cannondale tem sua identidade calcada no garfo Lefty Speed Carbon, que se assemelha a um trem de pouso de avião e é diferente de todos os outros do mercado. Levíssima, a Taurine tem um belo quadro de carbono e é um prato cheio para quem quer uma bike diferente, com recursos tecnológicos próprios (garfo, pedivela, quadro) e máxima eficiência. O kit de peças é bem selecionado, com destaque para as rodas Mavic SLR, selim Fi'zi:k Gobi e ótima transmissão SRAM X.O. Vale ressaltar que a relação de duas coroas na frente (44/29) e cassete 11-32 atrás é para atletas em excelente forma física e mesmo assim, numa prova longa com muitas subidas, pode faltar marcha para subir.

CALOI ELITE 3.0
A Elite 3.0 é uma bike mais econômica, para o biker que está evoluindo no esporte. Tem recursos modernos, como o quadro híbrido de alumínio e carbono. Não é a bike mais leve, mesmo considerando o seu posicionamento intermediário. E tem uma escolha de garfo diferente do convencional. O bom câmbio traseiro Shimano XT distorce um pouco do restante do kit de peças, composto principalmente por componentes do grupo Deore. Pontos fracos: o garfo Rock Shox Tora, com ajuste de curso até 130 milímetros, parece um pouco fora de lugar numa bike para trilha, além de contribuir para salvar peso; e os pontos de fixação para pivôs de freio tipo V-Brake, no quadro e no garfo, não deveriam existir numa bike equipada com freios a disco.

SUNDOWN MT1
Relativamente nova no pedaço, a brasileira Sundown vem despontando e chamando a atenção de bikers que só tinham olhos para as importadas, por conta de uma linha mais sofisticada. O atual campeão brasileiro de XC, Ricardo Pscheidt, conquistou o título a bordo de uma MT1. A bike tem pedigree de campeã, com um quadro de carbono e um kit Shimano XTR completo. Além desses predicados, é hoje o melhor custo-benefício do mercado, custando consideravelmente menos que as importadas equivalentes. Isso permite que bikers experientes com orçamento apertado tenham acesso ao melhor dos mundos em termos de componentes e tecnologia do carbono. O que poderia ser melhor: rabeiras superiores lisas, sem as sedes para pivôs de freio tipo V-Brake, e vir com garfo Rock Shox SID modelo novo. A geometria parece um pouco empinada demais, com ângulos na casa de 72 graus na caixa de direção e 76 no tubo do selim, bem fora dos tradicionais 71/73 testados e aprovados.

SPECIALIZED STUMPJUMPER EXPERT
O modelo mais recente da primeira mountain bike de produção em linha da Specialized não mudou muito em relação a 2007. Continua com o quadro de alumínio M5 (liga da própria marca), cuja geometria é responsável pela famosa tocada que conquista fãs. O kit de peças conta com um ótimo garfo Fox RL 90 milímetros (curso exclusivo para a Specialized) e um mix de câmbio traseiro SRAM X.0. com alavancas X-9, uma combinação funcional. Os freios a disco hidráulicos da Avid Ultimate 7 também são customizados, sendo uma mistura do Ultimate com o aclamado Juicy 7. Detalhes como a mesa ajustável em quatro inclinações mostram a preocupação da marca com o ajuste da bike ao ciclista. O ponto fraco dela? Roda não muito leve. E o cassete é bem simples para uma bike desse nível.

SCOTT SCALE LTD.
Leve como uma pluma, a Scale Ltd. te ajuda na piramba devido à possibilidade de usar uma ou duas marchas mais pesadas que o normal, graças à eficiência do chassi de carbono e ao peso-pena, abaixo dos 9 quilos. Nas descidas, o quadro não roda asperamente, mas a bike continua sendo uma rígida, o que limita um pouco na hora de soltar o freio. Com pinta de carro do Batman, a Scale é quase o mesmo em termos de bike, com um kit de componentes do que há de melhor. Destaque para o garfo incomum da DT, com canelas de carbono e um controle remoto da compressão, no guidão, que é prático e ergonômico. Ponto negativo para o canote de selim integrado, que é lindo e eficiente, mas pouco prático na hora de transportar ou revender a bike. O guidão com suporte integrado também limita o ajuste fino.

MERIDA CARBON FLX TEAM
A Merida é uma das fábricas mais importantes de Taiwan, com planta também na China e departamento de projetos na Alemanha. Fabrica bikes para outras marcas e desenvolve sua própria linha há mais de 20 anos. O Carbon FLX conta com o quadro rígido usado pela vitoriosa equipe Multivan Merida, que tem nomes como Jose Hermida e Gunn Rita Flesjä. Além do baixo peso do carbono, ele conta com detalhes como as rabeiras superiores Flex Stay, que conferem maior capacidade de dissipação de impactos, e a geometria afinada pelos prós da equipe. É uma bike de corrida de ponta a ponta, capaz de vencer uma Copa do Mundo em seu estado original. Ponto fraco: o acionamento remoto para regular a compressão do garfo não é o mais ergonômico.

Turismo Seguro

Com o intuito de alavancar o turismo de aventura no Brasil, de uma vez, o Ministério do Turismo criou o Programa de Qualificação e Certificação do Turismo de Aventura ou simplesmente Aventura Segura. Mas será que é esse o caminho?
Embora o turismo de aventura como negócio seja uma atividade relativamente nova no Brasil, os operadores começam a perceber que o setor deve ser encarado com profissionalismo. Assim, embora ainda reste muito de improviso e informalidade neste ramo - muitas vezes o operador é um esportista ou um morador local que começa a organizar grupos. A rigor, o turismo de aventura é um serviço turístico como outro qualquer. Há ainda uma importante singularidade: nele, o fator risco é inerente. Ou seja, a seriedade e o respeito a normas técnicas na prestação desse serviço, mais que em outras áreas do turismo, pode ser questão de vida ou morte.
O potencial do Brasil é notoriamente invejável. Mas a concorrência é grande e a exigência, cada vez mais alta. Ou seja, moramos em um país abençoado por Deus, mas não estamos em berço esplêndido. Para que o segmento deslanche, a consolidação de padrões de qualidade e de segurança é nada menos que fundamental. Ou corremos o risco de perder, mais uma vez, o bonde da história. O Ministério do Turismo parece ter acordado para esse fato ao criar, em 2006, o Programa de Qualificação e Certificação do Turismo de Aventura ou simplesmente Aventura Segura, em parceria com o Sebrae Nacional, e executado por meio de um convênio com a Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura (ABETA).
O programa, previsto para durar 36 meses, compõe-se de uma série de ações visando fortalecimento institucional de empresas, capacitação de pessoal, disseminação de conhecimento, estímulo ao associativismo, certificação da atividade e criação de grupos voluntários de busca e salvamento. Desde o início, mais de três mil pessoas já foram atendidas em cursos, seminários e outros eventos - todos gratuitos - e 250 empresas estão envolvidas nas atividades, que tem como foco 16 dos principais destinos turísticos brasileiros [veja no destaque quais são esses destinos]. A idéia é que, após a conclusão do prazo de 36 meses, outros destinos possam ser atendidos aproveitando a metodologia criada no âmbito do programa.

Moramos num país abençoado por Deus, mas não estamos em berço esplêndido. Para que o segmento deslanche, a consolidação de padrões de QUALIDADE E DE SEGURANÇA é nada menos que FUNDAMENTAL.

Uma das ações mais importantes do Aventura Segura é a assistência a empresas que decidam se adequar ao Sistema de Gestão de Segurança, uma série de regras técnicas elaboradas no Âmbito da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT). "Ao final, uma auditoria especializada e independente avaliará as empresas que participaram do programa, com relação à conformidade às normas, a fim de cer tificá-las como responsáveis e seguras", explica Marianne Costa, coordenadora de comunicação e mobilização do Aventura Segura. É importante explicar que a adequação às regras da ABNT, assim como a certificação, não tem caráter obrigatório, porém traz vantagens substanciais ao operador.
Além da capacitação em si, que ajudará a minimizar o risco, caso ocorram acidentes, a empresa que aderiu ao programa estará de alguma forma protegida, pois poderá comprovar que segue as normas técnicas estabelecidas por uma instituição oficial (a ABNT). Ao invés de se criarem regras obrigatórias, que poderiam não ser cumpridas e cuja fiscalização dificilmente seria eficiente, optou-se pela criação de normas técnicas. A idéia é que o consumidor possa diferenciar as operadoras sérias, de acordo com a utilização ou não dessas normas.
Com esse propósito, em 2008, um grande projeto de conscientização está sendo realizado: a Campanha do Consumo Consciente de Turismo de Aventura, com a idéia de prestar informações, ao público consumidor, a agentes de viagem e à imprensa sobre como fazer turismo de aventura de forma segura e como se certificar de que a operadora cumpre os requisitos essenciais de segurança. A campanha prevê a distribuição de cartilhas e outros materiais de comunicação. "Não adianta nada as empresas se enquadrarem aos critérios de qualidade, se a informação não chegar até o consumidor final", acredita o gestor técnico do Aventura Segura, Gustavo Timo.

domingo, 26 de abril de 2009

De Julio Verne aos aventureiros modernos

Em IV a.C, Aristóteles afirmou que a Terra era redonda e, um século depois, Erastóstenes desenhou o mapa-mundi e introduzir o conceito de coordenadas geográficas, expedicionários como Vasco da Gama, vários séculos depois, ainda tinham dificuldades para navegar, devido as distorções dos mapas que aumentavam muito perto dos pólos. A invenção de instrumentos de navegação, como a bússola, ajudou para o aperfeiçoamento das cartas. Mesmo assim, quando Cristóvão Colombo chegou à América, em 1492, ele jurava ter descoberto um novo caminho para as Índias.
Foram conceitos simples descobertos pela simples observação; a sombra da Terra na Lua durante um eclipse solar, afirmando com isso que a Terra era redonda, um novo horizonte se abriu e caía o paradigma de que se as pessoas navegassem pelos oceanos elas chegariam ao fim do mundo. Porém estavam abertas as grandes viagens ao redor do mundo, que começaram pelo mar. Encorajando navegadores a descobrirem novas rotas e aventurarem-se nos mares, como Fernão de Magalhães que, em 1522, descobriu uma passagem entre os oceanos Atlântico e Pacífico, hoje o estreito de Magalhães, no sul do continente latinoamericano. O caminho de 600 quilômetros de extensão por 6 quilômetros na parte mais larga passou a ser mais utilizado que o cabo Horn, no extremo-sul do continente, para passar de um oceano para o outro. Apesar de ter morrido durante a viagem, Fernão deixou uma enorme contribuição para os aventureiros de todas as gerações: sua frota foi a primeira a dar a volta ao mundo provando, definitivamente, a esfericidade da Terra.
Absorvido pela descoberta, e pelo entusiasmo das viagens, Julio Verne escreveu em 1873 o clássico A Volta ao Mundo em 80 Dias, uma ficção de aventura. A idéia de se lançar mundo afora ganhou fama, inspirando muitos viajantes. O protagonista do livro só levou a aposta - provando que era possível dar a volta ao mundo em 80 dias - porque sempre rumou para leste, ganhando assim 24 horas ao fim do trajeto, e que se elas rumassem sempre no mesmo sentido, voltariam ao ponto inicial - um motivo e tanto para instigar as pessoas a dar a volta ao mundo, como estão fazendo o inglês Karl Bushby, 39 anos (foto), e o norte-americano Harry Lee Mc Ginnis, 80. O especial na jornada deles é que ambos estão percorrendo o mundo a pé. Harry já rodou mais de 120 mil quilômetros desde 1982 e Karl 27 mil desde 1998.
Karl, da cidade de Yorkshire, confessa ter se inspirado no pioneiro das aventuras Julio Verne, mas não pretende completar a volta nos 80 dias propostos pelo escritor. Ele partiu do extremo sul da América do Sul em novembro de 1998 e pretende chegar à Inglaterra em 2014, depois de 60 mil quilômetros, quatro continentes, 25 países, seis desertos e um oceano.
O ex-militar, que teve a idéia de circundar o mundo quando tinha 11 anos, apostou na própria experiência de mais de uma década no Exército para realizar o feito. Quase sem apoio de patrocinadores, seguiu praticamente apenas com dinheiro do próprio bolso até a cidade de Punta Arenas, no Chile, para iniciar, sozinho, a viagem. Em seus já completados 27 mil quilômetros de caminhada, Karl passou por toda a América do Sul, a Central e a do Norte; e chegou à Rússia, atravessando do Alasca para a Sibéria através do estreito de Bering.
Aliás, Bering foi a fase mais crítica da viagem. Karl teve que atravessar as águas semi-congeladas do oceano Ártico caminhando sobre o gelo ou nadando entre placas quebradas. Por incrível que pareça, ele optou por fazer a travessia no inverno, período no qual poderia se mover mais rápido e ter menos chances de perder equipamentos e suprimentos na água. Mais incrível ainda foi que depois da empreitada - feita sem a ajuda de nenhum barco - ele precisou regressar para os Estados Unidos para renovar a permissão de estada na Rússia, que havia vencido antes da sua chegada. Mas depois ele voou até o mesmo ponto para continuar a jornada a pé.
Com ainda mais de 30 mil quilômetros a vencer, hoje o inglês tem alguns apoios e patrocínios, conseguidos graças a uma equipe em terra que lhe presta suporte. "Meu pai é uma peça-chave, pois me convenceu a escrever o diário da expedição. Sem ele e o resto da equipe eu ainda estaria no México, esperando pela minha próxima refeição, e não teria condições de cruzar para a Rússia, já que lá precisei de suporte como GPS e telefone via satélite", conta Karl.
Karl não começou a expedição em prol de uma causa maior - como chamar a atenção para o planeta -, e talvez por isso só tenha conseguido patrocínio depois de partir. Mesmo assim, ainda se recusa a converter a aventura num negócio lucrativo. "Quero que a viagem tenha méritos por si só. Se conseguir influenciar uma pessoa, então a expedição já terá valido", revela. O inglês, que pretende escrever um livro, não se sente herói pelo feito. "Herói é aquele que arrisca a vida pelos outros. Essa palavra não se aplica para aventureiros, astros de TV ou jogadores de futebol", completa.
O norte-americano Harry Lee Mc Ginnis, 80 anos, começou sua caminhada em 1982. Sem o objetivo inicial de dar a volta ao mundo, Hawk, como é chamado, percorreu em quatro anos os 50 estados de seu país, incluindo o Havaí, num total de 22 mil quilômetros.
Depois de conquistar os EUA, Hawk seguiu para a Irlanda. Recém-separado, depois de atestar que a esposa não bateria perna ao seu lado, ele partiu para a Europa, Oriente Médio e outras regiões do continente americano. Em 18 anos de estrada, Hawk já rodou mais de 120 mil quilômetros, incluindo os Estados Unidos. Atualmente ele está no Panamá, e o final da peregrinação - em 2010, quando tiver 82 anos - deve ser no estado do Texas, onde começou a aventura.
Hawk conta que o segredo para o sucesso da viagem é, principalmente, ser flexível: "Aprendi a estar preparado para o inesperado e me desapeguei dos hábitos e dos costumes da cidade. Quanto mais pura a experiência, maior a liberdade", revela. E tal despretensão não significa falta de planejamento. Antes de sair pelo Texas, quando tinha 54 anos, ele treinava caminhando cerca de 15 quilômetros por dia com mais de 10 quilos nas costas. Gradualmente aumentou a distância e o peso até alcançar 40 quilômetros e 33 quilos, próximo à realidade da viagem.
Depois de terminada a volta ao mundo, Hawk quer jogar tênis até os 100 anos de idade. E ele dá dicas de como chegar saudável e com muita disposição aos 80: "Saia e veja o mundo. Não fique de frente pra TV depois de se aposentar, tomando cerveja e comendo sanduíches. Você só vai engordar".

sábado, 25 de abril de 2009

Selim para mulheres

Estive lendo uma materia, depois de analisar as diversas dúvidas sobre selim e decidi coloca-la aqui. Li alguns textos sobre isso e, reparei que hoje os fabricantes com o aumento do número de praticantes, se preocupa com um público que durante anos ficou esquecido; as mulheres.As mulheres, agüentaram por anos os duros e estreitos selins, concebidos sem respeito à anatomia feminina. Um formato que tem sido fabricado são selins com narizes mais curtos e mais largos, do que os selins tradicionais. As mulheres tem a pélvis mais larga e profunda e "hip bones", ou seja, ossos do quadril, mais afastados do que os homens, por isso que o selim feminino é mais amplo que o masculino na parte de trás, assim oferece melhor suporte aos ísquios e a musculatura das nádegas.


Georgena Terry – pioneira no design e construção de quadros e componentes femininos – tem uma linha especial de selins femininos bem bacanas em seu site. Terry notou que as mulheres tendem a se sentar mais para trás em seu selim do que os homens. Pois Terry acredita que é devido ao modo com que distribuímos a massa muscular, de forma diferente quando sentamos.
Myata Pavea e Terry desenvolveram os selins vazados, alguns homens também adotaram o modelo para evitar as dormências que sentiam ao longo dos pedais.
Esse ao lado é da Selle Royal, com gel. Hoje tem muita coisa boa no mercado. Por isso é importante experimentar diversos selins para encontrar um que se encaixe às suas medidas, e principalmente, o seu bolso. As larguras variam de fabricante para fabricante. Então, teste quantos puder, assim não precisará gastar dindin tão cedo com isso novamente. Lembre-se que as mulheres tem o corpo diferente dos homens e diferente das outras mulheres também.
Lembre-se:
Existem vários selins femininos no mercado, muitos dos quais são preenchidos com alguma forma de gel e apresentam um design propício. Também existem os de espuma que oferecem um amortecimento básico, mas mantém boa sensibilidade ao ciclista. Esses são mais baratinhos.Os modelos de molas podem aparentar mais conforto, porém deixa o ciclista mais solto no ar. Uma pedalada em ruas de paralelepípedo pode ser boa, mas ao mesmo tempo você fica pulando demais. Elastômero: suaviliza os impactos sem roubar a sensibilidade do ciclista. Tem que testar vários, e lembre-se, um bom selim ajuda muito, mas é importante uma bike bem regulada.
Muitas mulheres usam o selim inclinado para baixo. Se inclinar demais você será projetada para frente e vai acabar contraindo os músculos, consequentemente, terá dores nos ombros, pulsos e mãos. Pior que um selim ruim, é uma bike que seja grande demais. Então, nunca compre uma bike sem experimentá-la. Isto ajuda na dirigibilidade e conforto. Nem toda mulher precisa de um selim maior, nem toda mulher precisa de uma bike com medidas especiais, mas toda mulher precisa de uma bike bem ajustada ao seu corpo.
artigo publicado na pedal.com

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Shaun White Snowboarding

Doidera

Natureza Intrigante

Zona do Silencio - Dentro da Reserva de Biosfera de Mapimí, no México, há uma área de cerca de 50 km de raio conhecida como “Zona do Silêncio”. Os crentes alegam que, ali, todos os sinais de rádio se perdem, bússolas ficam loucas, meteoritos se espalham pelo chão e a mente das pessoas sai um pouco do eixo. A área está coberta de pedrinhas magnéticas e as plantas e animais no local crescem até tamanhos antinaturais. Apesar de histórias sobre pesquisadores da NASA, do México e do Canadá varrendo o lugar, nenhum dado científico concreto que confirme a reputação da zona em romper a ordem natural tornou-se público.
As luzes de Min Min - Perto da cidadezinha de Boulia, na savana de Queensland, na Austrália, muitos juram que é possível ver as luzes de Min Min, uma iluminação fantasmagórica. Em 1880, segundo uma das versões do caso, cidadãos cansados dos pecados dos clientes da taverna Min Min, um ponto de parada próximo a um cemitério, atearam fogo no lugar, até que só sobrou cinzas. Desde então, os moradores locais alegam ter visto bolas de luz flutuantes perto das ruínas ou ao longe. Alguns rancheiros durões chegaram a chorar dizendo que as luzes invadiram suas casas. O neurocientista Jack Pettigrew disse que isso não passa de ilusão de ótica, criada por luzes de faróis durante inversões atmosféricas. Mas, naquela época, não havia carros na Austrália.
Rodas de luz no Índico - No oceano Índico, no último século, capitães e tripulações de navios relataram mais de cem incidentes de enormes rodas de luz girando sobre as profundezas. Esses fenômenos, que variam de algumas dezenas de metros até 1,5 km de diâmetro, normalmente apresentam uma série de “raios de roda” com um brilho fantasmagórico. Em 1977, no estreito de Malacca, perto da Malásia, a tripulação do Cardigan Bay assistiu admirada por dez minutos uma roda que se metamorfoseou em uma fileira de Vs gigantes, emitiu uma roda separada e, em certo momento, até passou por baixo do navio. O pesquisador alemão Kurt Kalle acreditava que os fenômenos resultam de padrões de interferência gerados por ondas sísmicas estimulando plâncton bioluminescente. Mas quem já ouviu falar de plâncton voador?
Música no fundo dos lagos - Desde o século 19, pessoas em botes nos lagos Shoshone e Yellowstone, no Parque Nacional de Yellowstone, EUA, falaram de uma misteriosa música na água, parecida com a de um órgão de igreja, vinda de parte alguma. Em 1893, Stephen Forbes, do Centro de Pesquisa de História Natural de Illinois, descreveu-a como “o som forte e vibrante de uma harpa tocada rápida e levemente sobre o topo das árvores, ou o som de muitos fios de telégrafo balançando regularmente e velozmente no vento, ou vozes distantes conversando sobre sua cabeça”. Mas talvez — como o guarda florestal Neil Miner disse após ouvir o som em 1937 — seja só o ar se movendo sobre a água. Ou... fantasmas.
Fonte: Revista Go Outside

domingo, 19 de abril de 2009

Esportes por natureza

Esportes Outdoor são todas as modalidades esportivas chamadas de aventura, que apareceram com o intuito sair do stress e as pressões da “vida urbana” com a liberação de endorfina e princialmente, adrenalina no sangue.
Não existem dados históricos que marcam o início dos Esportes Outdoor no mundo, alguns desses esportes são extremamente recentes. O propósito desses esportes, além do bem físico que eles proporcionam devido ao esforço exigido e a adrenalina liberada, é o contato direto com a natureza, é a fuga do cotidiano das grandes cidades e de todos os malefícios que essa vida causa.
Dos esportes que categorizam a modalidade, o mais antigo é o alpinismo, que recebeu esse nome porque, em 1786, o francês Jaques Balmat alcançou o cume do Mont Blanc (FRA – 4807m), localizado nos Alpes, daí o nome. O Vôo Livre também é antigo, com início na década de 60, ainda com testes na chamada “Rogallo”, o primeiro protótipo de Asa Delta, inventado na França. Desde então, com o auxílio da NASA, interessada no projeto para resgate de cápsulas espaciais após a reentrada na atmosfera, o esporte teve apoio científico, tornando-se seguro e pronto para se espalhar pelo mundo.

A NASA, com o mesmo intuito de resgatar suas cápsulas, ajudou a desenvolver o Pára-quedismo nesse mesmo período, onde até aquele momento era apenas uma técnica militar. O desenvolvimento de novos formatos de pára-quedas também propiciaram a invenção de uma modalidade próxima, o Parapente.
Os outros esportes que mostraremos tiveram seu desenvolvimento na década de 80, onde o assunto ecologia começou a ganhar espaço e importância. A iniciativa de preservação e, claro, maior aproveitamento do meio-ambiente, deu início a estilos de vida, como o Montanhismo. Também foram adaptados alguns esportes, como o Rafting, que derivou da Canoagem, está também adaptado às novas tendências.

Os Esportes Outdoor no Brasil, começaram no Brasil na década de 70, no Rio de Janeiro, com a Asa Delta do francês Stephan Dunoyer decolando do Cristo Redentor. Na década de 80, em Minas Gerais, foram registrados os primeiros vôos de Parapente.
Os Esportes Outdoor mais recentes como Rafting, montanhismo, caniosnsmo, começaram a ser praticados no início da década de 90, longe dos grandes centros urbanos, em pequenas cidades que dispunham de natureza propícia como o interior de São Paulo e o interior de Minas Gerais. Com o passar dos anos e, conseqüentemente, o domínio da técnica, o Brasil tornou-se um grande centro mundial dos Esportes Outdoor, aprimorando e, até criando, modalidades.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mulheres

É muito comum ouvir uma brincadeira entre os competidores de corridas de aventura, que diz que as mulheres fazem parte da lista de equipamentos obrigatórios que devem ser levados durante todo o trajeto... tudo isso pela obrigatoriedade de ter pelo menos uma mulher na equipe.

A presença feminina ajuda ou atrapalha a equipe?
Algumas equipes terminaram provas difíceis, outras conseguiram melhores colocação, equilibrando o time, com 2 mulheres na equipe. Veja o caso do ranking final do mundial de 2008, onde Oskalunga conseguiram um excelente quarto lugar com a bárbara bonfim e a camila nicolau, sem contar a equipe de paul romero, também formada por 2 casais. Nora Audrá correu com o marido Ian Edmond numa das mais fortes equipes do mundo, a Sole, e é considerada uma das melhores atletas de aventura do Brasil, independente do gênero. Isso sem mencionar que alegram muito mais o esporte.
Equilíbrio, esta é a palavra chave para entender a contribuição de uma mulher para a equipe. Elas mantêm a calma facilmente e controlam os ânimos da equipe. São bastante serenas nos momentos decisivos, o que é extremamente vital em uma competição extenuante onde a estratégia e a orientação são fatores primordiais. Depois de dias e noites ininterruptos de competição, com poucas horas de sono e cansaço intenso, a calma, o equilíbrio e a serenidade são as armas das mulheres para enfrentar os obstáculos do percurso, são bastante observadoras e conciliadoras. Entrosamento entre os companheiros de equipe é fundamental para o bom desempenho da mesma. Cada integrante tem a responsabilidade de zelar pela segurança e bem estar do outro e, assim, da própria equipe. Aqui as meninas também fazem a diferença, pois todos ficam mais atentos às reações dos companheiros e com mais disposição e paciência para ajudar quando há uma mulher na equipe.
Mas a contribuição das meninas não é somente equilíbrio, serenidade e conciliação. Elas também têm força, ritmo e resistência. Diferente dos meninos, é claro, mas isso não significa queda de rendimento: não raro a mulherada agüenta muito mais! Isto porque os homens normalmente procuram impor um ritmo bastante forte desde o começo da prova, diminuindo o rendimento ao final e as meninas mantém o mesmo ritmo durante todo o percurso. Esta regularidade garante uma economia de energia fundamental para o final da prova.
Assim, uma equipe mista não é necessariamente mais fraca que uma equipe masculina, até porque existem algumas competidoras que são verdadeiros “tratores” e carregam mochilas super pesadas e os próprios companheiros de equipe....
Já foi comprovado cientificamente que quanto maior a distância percorrida, mais a mulher vai se aproximando do homem na performance, veja só; se em provas de 5 km os tempos femininos são em média 12% mais lentos que os masculinos, nas provas de maratona a 100 km, a diferença cai para 4%. E lembro também de um estudo que concluiu que mulheres que têm performance igual a dos homens nos 42 km costumam se sair melhor em provas acima dessa distância. Veja o exemplo de Pam Reed, uma ultramaratonista americana de 44 anos que já correu mais de 500 km e, em uma das provas de que participou com icones como Dean Karnazes, ela chegou a vencê-lo. Ou então as brasileiras da equipe de corrida de aventura Atenah, formada exclusivamente por mulheres. As meninas estão constantemente entre as cinco melhores colocadas nas mais importantes provas disputadas no país, competindo com equipes 75% masculinas.
Portanto, ao arrumar sua mochila para a próxima prova, não esqueça de colocar uma mulher: o único equipamento que garante calma, equilíbrio, economia de energia e a saúde dos membros da equipe.

domingo, 12 de abril de 2009

Esportes de aventura produzem 'hormônios da morte'

Por Nuno Cobra

Cada vez mais as atividades esportivas vêm se radicalizando. Esportes tradicionais desenvolvem a velocidade, habilidades, resistência, entre outros fatores do corpo humano, tais como, andar centenas de quilômetros de bicicleta, correr uma maratona, ou mesmo fazer uma travessia oceânica. Algumas décadas atrás surgiu o multiesporte, como o triatlo e mais a frente, as corridas de aventura.
Com o advento de diversos esportes, criou-se o conceito de 'aeroman', o homem se lança em vôos livres, paragliding, etc.
Não é mais assim uma coisa de louco, pessoas saltarem com um pequeníssimo pára-quedas que, depois de uma terrificante queda livre, se abre no último instante da sua chegada ao solo ou na água. Tudo isto para quê?

'Hormônios da morte' e do prazer
Isto porque nestas situações onde os limites do corpo - e da vida - são colocados à toda prova, proporcionam algo mais na corrente circulatória, movimentando hormônios que até então eram desconhecidos. São os chamados 'hormônios da morte'. Eles são fascinantes e levam as pessoas à 'loucura' entre a vida e a morte.
Existem estudos afirmando que a pessoa minutos antes de morrer, libera hormônios de prazer com o objetivo de facilitar a 'passagem para o outro lado'. E nestas situações-limite esses mesmos hormônios são liberados.
O fato é que temos que nos dar conta de que a virtude está no caminho do meio. A evolução mental e espiritual é o caminho correto para tirarmos do esporte o que ele tem de melhor, sem ser levado ao exagero e com tanta agressão ao corpo.
Hoje existe um aproveitamento destes exagerados esportes radicais para uma aplicação mais light, porém muito útil para motivar os adolescentes a se envolverem com o movimento e os seus desafios. Agora nas festas de crianças e adolescentes ao invés de se tomar só refrigerante e comer hambúgueres, eles passam a ter outras atrações como: pistas de skates, paredes de escalada, cama elástica e toda sorte de movimentos que vão ocupar as suas cabeças.
É bastante louvável a aplicação destes movimentos radicais na juventude cada vez mais obesa, amorfa e sedentária. Os jovens estão sendo motivados ao movimento e à saúde, deixando este terrível lado sedentário.
Este tipo de festa trará uma juventude melhor, com emoções mais equilibradas, um corpo mais modelado e, principalmente, uma cabeça mais ativa e funcional.
O interessante destas festas é que deixam a criança ser criança, o que não acontece mais em casa e na escola. É uma oportunidade espetacular para a canalização da agressividade, direcionando esta energia supérflua para algo concreto de força e explosão. O jovem torna-se fisiologicamente mais tranqüilo e equilibrado. Além do mais proporciona um aspecto benéfico, tirando a emoção de jovens e crianças dos doces, refrigerantes, etc... Na pior das hipóteses, eles vão se destruir menos com tantas guloseimas.
Todo jovem tem esta energia supérflua e o esporte é um excelente meio para canalizá-la.

sábado, 11 de abril de 2009

Atividade Outdoor

O homem durante sua luta pela sobrevivência, sempre teve necessidade constante de caminhadas, em busca da difícil alimentação, acabou se tornando um animal do movimento. A atividade constante tornou-se inerente a ele, são os elementos mais naturais da nossa vida, e existe, uma relação direta: menos atividade física, mais sedentarismo, mais problemas para o organismo nos aspectos: físico, mental ou emocional. Segundo Nuno Cobra, afastando-se do movimento, o homem se afasta dele mesmo, porque a vida é no fundo nada mais do que movimento. Não há mais discussão a esse respeito, o homem busca de maneira artificial dar ao seu corpo aquilo que a vida antigamente lhe proporcionava de forma absolutamente natural. Hoje sabemos que as doenças, fora as hereditárias e congênitas, são frutos da absoluta falta de respeito com o corpo, não lhe oferecendo sono reparador, alimentação adequada, atividade física sistemática e agradável, meditação e relaxamento.
A preocupação com a atividade física é muito valiosa, e deve ser buscada através da harmonia com a natureza. Por isso não tem cabimento as pessoas realizarem a sagrada busca de suas origens entre paredes ou fechadas em academias. Assim, se você puder correr na rua, não corra numa esteira, se puder correr numa pracinha, não corra na rua, se puder correr num parque, não corra na pracinha, se puder correr no campo, não corra no parque. A busca do movimento, junto à natureza, é um elemento precioso para desenvolver nosso corpo, serenar nosso espírito, levando nossa mente à tranqüilidade necessária para aquietar nossas emoções. Se esforce para buscar o contato mais estreito com o ar livre, com o mar, com a mata e especialmente com as árvores. É de lá que nós viemos e é nesse meio absolutamente natural que elevaremos o nosso espírito, desenvolveremos melhor nosso organismo, fornecendo a nossa mente a emoção necessária para nos elevarmos como pessoa.
Não tem cabimento no momento em que ele vai resgatar toda a sua essência através do movimento, fazê-lo entre paredes, em contato direto com o ar-condicionado que, se não tiver a devida manutenção, poderá contaminá-lo através de vírus e bactérias. Sem contar a música num nível muito alto. Com tudo isso, o trabalho fica muito artificial, perde muito o valor do movimento, você fica só no físico pelo físico.
Num ambiente - o mais natural possível - sem poluição e ruído você passa realmente a estar com você, mergulhando no acontecimento do corpo, das suas passadas, no trabalho do movimento, na meditação ativa - sua mente está onde seu corpo está. Você ativa mais a sua mente, aciona mais suas emoções e elabora mais sua espiritualidade. A atividade física promoverá a interação entre corpo, mente, espírito e emoção.
Texto: Nuno Cobra (semente da Vitória)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Alimentação também faz parte do treinamento

Bem-estar físico começa com uma boa dieta. "Você é reflexo daquilo que come, se coloca gasolina ruim no carro, ele não terá um bom desempenho", disse Dean Karnazes, um dos maiores ultramaratonistas de todos os tempos. Mas não é preciso ser especialista para saber que esse fundamento tem lógica.
O rendimento dos atletas vem aumentando gradativamente e isso pode ser medido pelos Mundiais e Jogos Olímpicos. Os sucessivos recordes alcançados por esportistas de todas as áreas mostram claramente maior preparo físico, associadas a esse sucesso estão a ciência e a tecnologia, e ainda a alimentação.
A medicina desportiva contribui para o aumento do rendimento, orientando os atletas com procedimentos corretos para evitar desgastes e auxiliando na prevenção de problemas que antigamente, deixavam esportistas valiosos fora das competições, aliada aos avanços da medicina está a nutrição esportiva que entra em campo com força total para que atletas possam extrair o máximo de suas potencialidades na prática de esporte e em competições.
A falta de atenção à alimentação pode interferir no rendimento durante uma competição e o que é mais grave, causar problemas de saúde decorrentes da prática esportiva. Treinos constantes e competições podem causar desgastes e estresse para os quais o corpo não está preparado.
Para saber o que o atleta tem carência, é preciso fazer exames, avaliação corporal e exames laboratoriais onde pode ser aplicada uma dieta para tentar corrigir algum desvio alimentar existente ou que possa futuramente levar a alguma patologia. O objetivo primeiro deve ser a saúde do atleta e depois um trabalho a performance.
A alimentação está relacionada não somente ao tipo de esporte, mas também à intensidade e duração da atividade, levando em consideração variáveis como a necessidade nutricional do indivíduo, de acordo com composição corporal e com o gasto energético do esporte praticado.
O organismo utiliza diferentes fontes de energia – glicose, ácidos graxos e aminoácidos. Nos exercícios mais intensos e rápidos, como corrida de velocidade ou levantamento de peso, o organismo usa basicamente a glicose como combustível para os músculos, proveniente do armazenamento de glicogênio. Nos esportes intermitentes e de menor intensidade, como basquete, futebol e corrida, o organismo também solicita a glicose como fonte de energia, porém a gordura é predominantemente oxidada como fonte de energia.
A dieta deve oferecer quantidades calóricas ideais para cada tipo de metabolismo utilizado no esforço e ainda distribuir carboidratos e proteínas de forma a garantir a produção de energia e a recuperação muscular”.
Nas práticas esportivas o organismo terá diferentes demandas por vitaminas e sais minerais que regulam o metabolismo. Assim, deve-se considerar a função antioxidante de alguns alimentos e também outras substâncias capazes de melhorar a performance – os ergogênicos pois, dependendo da atividade, o organismo vai exigir diferentes fontes de energia do alimento. “A gordura é mais utilizada como substrato energético em atividades de longa duração que priorizam o metabolismo aeróbico, porém com intensidade moderada. Já nas atividades de alta intensidade e curta duração predomina o metabolismo anaeróbico, o que demanda muito mais carboidrato como substrato energético", explica Glaucia Figueiredo Braggion, nutricionista do Celafiscs - Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul.

Manual de Nutrição do Atleta
Nunca treine em jejum, ou com intervalo maior de quatro horas entre a última refeição e o treino. Um pequeno lanche pode ser um copo de suco e duas bolachas de água, mas se houver tempo suficiente para a digestão, faça sua alimentação normal.
Evite alimentos gordurosos na refeição que antecede o treino, como por exemplo frituras, carnes gordas, creme de leite, queijos e presunto.
Evite muitas fibras antes do treino, como refeição à base de frutas, verduras e cereais integrais.
Hidrate-se sempre. O corpo só pede água quando ela já acabou. A sede é sinal de desidratação. Tome sempre aos poucos e por todo o dia.
Sempre leve água para o treino, deixe por perto um pouco de água pura. Devemos beber no mínimo 300 ml de água por treino.
As bebidas isotônicas são repositoras, por isto, são indicadas após treinos e competições para repor as perdas de sais e líquidos.
Sempre reponha os gastos musculares. Após treinos fortes, prefira alimentos à base de carboidratos - como pães, massas, arroz ou batatas - para repôr o glicogênio dos músculos.
Mantenha o equilíbrio calórico. O excesso de peso corporal proveniente de gordura corporal, pode ser por ingestão aumentada das calorias necessárias ou má distribuição entre as gorduras, carboidratos e proteínas.
Avalie a perda de peso. A perda de peso rápida pode ser às custas de desidratação e conseqüentemente, perda de massa muscular. Certifique-se de que houve perda eficiente da gordura corporal, se este for o objetivo.
Não consuma suplementos sem indicação de um profissional habilitado. Muitos deles são considerados medicamentos, por legislação, e portanto podem trazer riscos à saúde, se usados inadeqüadamente.

domingo, 5 de abril de 2009

Reinhold Messner - Frases

"Mas os dias que estes homens passam nas montanhas, são os dias em que realmente vivem.Quando as cabeças se limpam das teias de aranha, e o sangue corre com força pelas veias.Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade, e o homem completo se torna mais sensível, e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados".

"Eu nunca pus uma chapeleta em toda a minha vida e nunca irei pôr uma proteção fixa numa rocha. Se eu não puder escalar sem uma destas proteções, eu não escalo. Nunca usei garrafas de oxigênio. Se eu nao puder escalar sem oxigênio extra eu não escalo mais alto. Isso não é uma decisão difícil. E eu nunca irei carregar um telefone celular comigo. Se eu carregar um aparelho destes, significaria destruir aquele sentimento de estar isolado e exposto que eu sempre procuro nas montanhas. Estas são apenas as minhas regras. Agora que estou ficando mais velho eu apenas sonho em escalar montanhas menores,ou esquiar em áreas como a Antártica ou em áreas desérticas.. Eu sempre tento fazer esse tipo de coisa sem ajuda de fora. Depois de uma vida de nômade político eu irei passar pelo menos meio ano no meio da selva com apenas uma mochila - e ninguém saberá onde eu estarei indo."

Veja mais:
http://tureba47100.blogspot.com/2009/04/reinhold-messner.html

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O limite

Em um curto período, as provas de ultra-endurance evoluíram muito além do imaginável. Tudo começou com a maratona, com seus 42.195 metros, logo em seguida, as ultra-maratonas com distâncias superiores a esta. Se complicar era a ordem do dia, surgiram as corridas de montanha e desafios extremos, como travessias de desertos, florestas inóspitas, com variações altimétricas e de temperatura exagerados.
Nos multiesportes, surgiu o Ironman, um desafio enorme para a época, em que apenas 15 atletas participaram e os sobreviventes foram tidos como heróis. Quase vinte anos depois, em 1997, criou-se o Deca Ironman, um circuito dez vezes a distância do original, em que somente dez atletas do mundo participam.
Cada vez mais com o apelo de "extremos", surgem novas modalidades. Em seguida, veio o cross triathlon e o multisport, o primeiro como o triathlon offroad e o outro como o triathlon das montanhas, desafiando seus competidores.
Dentro desta mania de superação de limites, surgiu mais recentemente as corridas de aventura, juntando, muita resistência física, trabalho em equipe, estratégia e principalmente inteligência.
Mas é claro que o desenvolvimento não foi somente dos esportes, mas dos atletas, que cada vez mais exigiam superação. Cada vez mais atletas saem do Brasil em busca de novas experiências em provas de alta resistência, sob condições desumanas.

"Essas motivações têm origem nas necessidades fisiológicas e psicológicas. As fisiológicas são comer, beber, fazer sexo etc. As psicológicas são o amor, o status, o reconhecimento, o autoconhecimento. Algumas pessoas conseguem transformar um momento de sofrimento em prazer", afirma Carla di Pierro, psicóloga especializada em esporte pelo Instituto Sedes Sapentiae. Sem contar é claro os viciados em "Endorfina" (substância que o organismo libera após exercícios físicos). Mas atletas sempre tem alguma motivação, objetivo e principalmente comprometimento no que estão propostos a fazer.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Filme e Esportes, uma ótima combinação

O esporte é farto em inspiração para o cinema. Grandes filmes com o tema se consagraram. Veja abaixo alguns dos principais disponíveis:

1o Murderball - Paixão e Glória (Murderball, 2005)
2º Desafio Vertical (Touching the Void, 2004)
3º O Melhor Jogo da História (The Greatest Game Ever Played, 2005)
4º Fora do Jogo (Offside, 2004)
5º Touro Indomável (Raging Bull, 1980)
6º Menina de Ouro (Million Dollar Baby, 2004)
7º Sorte no Amor (Bull Durham, 1988)
8º Basquete Blues (Hoop Dreams, 1994)
9º Lagaan: Era Uma vez na Índia (Lagaan, 2001)
10º Somos Marshall (We Are Marshall, 2006)
11º Quando Éramos Reis (When We Were Kings, 1996)
12º No Limite da Emoção (Riding Giants, 2004)
13º Ali (2001)
14º Onde Tudo Começou (Dogtown and Z- Boys, 2002)
15º Kungu-Fu Futebol Clube (Shaolin Soccer, 2002)
16º Desafio à Corrupção (The Hustler, 1961).
17º Um Domingo Qualquer. (Any Given Sunday,1999)
18o Rocky – Um Lutador (Rocky, 1976)
19º Boa de briga (Girlfight, 1999)
20º Correndo Pela Vitoria (Breaking Away, 1979)
21o Campos de Sonhos (Field of Dreams, 1989)
22º Limite vertical (1993)
23º SpaceJam (1989)
24o Momentos Decisivos (Hoosiers, 1987)
25º Chegaram os Bears (The Bad News Bears, 1976)
26º Quando Éramos Reis (When We Were Kings, 1996)
27º A Cor do Dinheiro (The Color of Money, 1986)
28º Escorregando para a Glória (Blades of Glory, 2007)
29º Karate Kid (The Karate Kid, 1984)
30º O Furacão (The Hurricane, 1999)
31º Tudo pela Vitória (Friday Night Lights, 2004).
32º O Treinador (The Rookie, 2002)
33º Desafiando Os Limites (The World's Fastest Indian, 2005)
34º Murderball - Paixão e Glória (Murderball, 2005)
35º Jogo Limpo (Love And Basketball, 2000)
36º A Última Batalha de um Jogador (Bang the Drum Slowly, 1973)
37º A Luta Pela Esperança (Cinderella Man, 2005)
38º Fora da jogada (Eight men out, 1988)
39o Carroagens de Fogo (Chariots of Fire, 1981)
40o Na Onda Certa (Step Into Liquid, 2003)
41º O Mundo a Seus Pés (The Extraordinary Story of the New York Cosmos, 2006)
42º Com a Bola Toda (Dodgeball: A True Underdog Story, 2004)
43º O Céu Pode Esperar (Heaven Can Wait, 1978)
44o Jerry Maguire – A Grande Jogada (Jerry Maguire, 1996)
45º Além do Ringue (Beyond the Mat, 1999)
46º A Mulher Absoluta (Pat and Mike, 1952).
47º A Mulher do Dia (Woman of the Year, EUA, 1942)
48º Ídolo, Amante e Herói (The Pride of the Yankees, 1942)
49º Desafio no Gelo (Miracle, 2004)
50º Garra de Campeões (Major League, 1989)
51º Uma Equipe Muito Especial ( A League of Their Own, 1992)
52º Jogada Decisiva (He Got Game, 1998)
53o Seabiscuit (2003)
54º Cinturão Vermelho (Redbelt, 2008)
55º Um Homem Fora de Série (The Natural, 1984)
56º Ping Pong da Mongólia (Mongolian Ping Pong, 2006)
57º Golpe Baixo (The Longest Yard, 1974)
58º Vale Tudo (Slap Shot, 1977)
59º Invencível (Invincible, 2006)
60º Jamaica Abaixo de Zero (Cool Runnings, 1993)
61º Rudy (1993)
62º Homens Brancos não sabem Enterrar (White Men Can't Jump, 1992)
63º Duelo de Titãs (Remember the Titans, 2000)
64º Prova de Fogo (Without Limits, 1998)
65º Ricky Bobby – A Toda Velocidade (Talladega Nights: The Ballad of Ricky Bobby, 2006)
Se esqueci de algum, fique a vontade para completar.

Para quem gosta de correr

O termo ultramaratona designa corridas a pé que tenham uma distância superior a 42,195 quilômetros, distância oficial da Maratona.
Um segundo critério para definir ultramaratona, baseia-se na duração do percurso em tempo, que geralmente compreende provas de até 6, 12, 24 ou 48 horas.
Talvez a essência da Ultramaratona seja sua suprema falta de utilidade. Não faz sentido, num mundo de naves espaciais e supercomputadores, correr vastas distancias à pé. Não há dinheiro e nem fama envolvidos na maioria das provas, freqüentemente nem mesmo há a aprovação dos familiares e entes queridos. Mas como afirmam poetas, apóstolos e filósofos desde os mais remotos tempos, existe muito mais na vida que a simples lógica e o bom senso. Os Ultramaratonistas percebem isso instintivamente. E eles sabem algo mais que está perdido no sedentarismo. Eles entendem talvez mais que ninguém, que a porta para o espírito se abrirá com o esforço físico. Ao correr tão longas e extenuantes distâncias eles respondem uma chamada do mais profundo de seu ser – uma chamada que responde quem realmente eles são”. ( David Blaikie)
Algumas provas contam ainda com algo além da distância, como variação excessiva de terreno e temperatura, umidade do ar baixa, entre outras. Veja algumas ultramaratonas famosas:
  • Atacama Crossing
  • Badwater Ultramarathon
  • Gobi March
  • Marathon des Sables
  • Kalahari Augrabies Extreme Marathon
  • RacingThePlanet
  • Sahara Race
  • The Last Desert
E cada vez mais esta lista cresce, pois, hoje é comum, com o advento de esportes cada vez mais duros e penosos a procura dos limites humanos. São tradicionais as ultras realizadas na Grécia, com festivais mundiais que reunem corredores que disputam provas de 7 dias a 6 horas de prova. Existem no Brasil algumas ultras e atletas famosos. Um que se destaca pelo curriculum de vitórias e recordes é o santista Valmir Nunes.

Quem ainda não ouviu falar em Dean Karnazes?
Este norte-americano de ascendência grega, possui feitos que aproximam-se da ficção científica. percorrendo mais de 500 kilômetros sem parar, durante mais de 80 horas. Correu os cerca de 217 kilometros da Badwater Ultramarathon, a mais exigente prova de corrida do mundo, acessível apenas a uma elite de menos de 100 atletas, em menos de 24 horas, sob temperaturas superiores a 50 graus centígrados e no pólo sul com temperaturas inferiores a -40ºC. Fez 50 maratonas de em 50 dias consecutivos, em 50 estados diferentes dos EUA, tendo obtido o melhor tempo no quinquagésimo dia, completando os 42 Km da maratona de Nova Iorque em cerca de 3 horas.
Condição físicas naturais excepcionais, com uma pulsação cardíaca em repouso próxima de 3o batimentos cardíacos por minuto, tal como Lance Armstrong, as conquistas de Karnazes devem-se em grande parte à sua vontade inabalável de levar ao extremo o corpo e a mente. A história de Dean Karnazes, contada no seu livro "Confissões de um corredor noturno - O Homem da Ultra-maratona", é um emocionante relato da sua relação com a corrida e da sua necessidade de correr, e de como esta sua saudável obsessão mudou a sua vida e dos que o rodeiam. Este livro é já o sétimo livro de esportes mais vendido dos tempos e, apesar da sua postura humilde e descontraída, é indubitavelmente uma estrela de dimensão mundial, e uma inspiração para muitos desportistas, profissionais e amadores.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Porque corrida de aventura - Ian Adamson

Lynn Hill e Katie Brown

The West Face - Leaning Tower

Lynn Hill, o ícone da escalada feminina

Em 1979, Lynn Hill consegue escalar uma via de 7c (equivalente ao IXa brasileiro). Até então, o maior grau escalado por uma mulher era 6c (VIIa/b).
As suas conquistas não param por ai. Em 90, consegue o primeiro 8b+ (Xc brasileiro) feminino, com a via Masse Critique, aberta por J. B. Tribout, que meses antes havia declarado que uma mulher jamais poderia escalar um 8b+ (Xc).
Em 92, realiza a primeira ascensão em livre da via The Nose (1.000m - VI, 5.9, A2), com enfiadas de até 8a (IXc brasileiro), no El Capitain, feito somente repetido 12 anos depois, por Tommy Caldwel. No ano seguinte, Lynn, fecha o primeiro 8a (IXc brasileiro) à vista feminino. Robyn Erbesfield não deixa por menos e consegue o primeiro 8a+ (Xa brasileiro) à vista feminino. Em 94, Lynn Hill, volta para a The Nose e a encadena em menos de 24 horas. Katie Brown, aos 17 anos, encadeia o primeiro 8b (Xb brasileiro) feminino à vista em 99.
A via "The Nose" celebra seu 50º aniversário este ano, é uma das vias mais célebres do planeta, escalada pela primeira vez por Warren Hardin, Wayne Merry e George Whitmore, que trabalharam durante 5 semanas para completarem a escalada. Hoje o recorde de velocidade da via foi batida e rebatida pelos escaladores Hans Florine e Yuji Hirayama com 2 horas, 37 minutos e 5 segundos, sendo 6 minutos mais rápidos que o próprio recorde antigo, realizado em 2 de julho, quando superaram o tempo dos irmãos Hubber.



Ambiente Outdoor

Chegar ao cume de uma belíssima montanha, depois de percorrer fantásticas trilhas, atravessar rios, contemplar cachoeiras, fauna e flora impressionantes. Ou quem sabe transpor paredões de rocha nua, desafiando-nos a extasiante aventura de vencer, não a montanha, mas a nós mesmo e nossos medos, aumentando nossos limites e qualidades edificantes.
Não se vence a natureza. É ela que nos dá a chance, a oportunidade de nos tornarmos seus amigos, e obtermos sua permissão para alcançarmos nossos objetivos.
Recomenda-se aos iniciantes no montanhismo, calma! Desfrutar dos elementos naturais pode ser frustrante e até mesmo traumatizante se voce não respeitar seu próprio corpo e a natureza. É comprovado que como todo esporte, o montanhismo exige preparo físico e também, mental.
Para uma melhor adaptação, o ideal é começar com caminhadas leves aumentando gradativamente para as de maior dificuldade.
Da mesma forma, a escalada em rocha exige uma gradativa evolução. O ideal é começar com um curso básico de escalada ou a companhia de alguém experiente e responsável. Depois dependerá do praticante a evolução.
Lembre-se, um montanhista completo, é aquele que pratica escalada e caminhada de forma consciente, respeitando a flora, a fauna e a população local, causando o mínimo impacto ambiental.
Cuidado por onde andar ou segurar, evitando animais peçonhentos, espinhos, buracos e fendas.
Na escalada, não sobrecarregar tendões (evitando lesões), conferir equipamentos e equalizações a todo momento para evitar acidentes. Em paredes longas não descuidar de ingerir água, proteger-se com filtro solar, evitando insolação, desidratação e queimaduras. Utilizar sempre o equipamento completo de segurança, inclusive capacete. É a vida que está em risco.
Seja responsável, cuide de sua vida e dos outros, desfrutando de ótimas escaladas e caminhadas deste esporte alucinante.
Há uma grande magia que envolve a montanha. Algo que enfeitiça intrépidos aventureiros que se atrevem a penetrar em seus domínios. Escalar montanhas por trilhas íngremes ou rudes paredões de rocha, traz uma grande riqueza de espírito aos montanhistas. Depois de uma difícil caminhada onde enfrenta-se a lama, tempestades, sol inclemente, árduas subidas e descidas, perigosos rios, picadas de insetos, bivaques na parede, o tempo todo alertas para não cair nenhum material, para não cometer imprudências na segurança, passar sede, as vezes fome, cansaço, desânimo, entre outras dificuldades próprias de uma grande escalada, os valores adquiridos na sociedade mudam.
Na montanha há uma natural necessidade de companheirismo e solidariedade. Essas qualidades são empregadas no dia a dia. A vida passa a ser mais valiosa, a raça, a cor, o credo, a posição social passam a ser coisas insignificantes.
E que outra melhor maneira de viver a vida, que partilhar com amigos as coisas boas e maravilhosas que Deus nos oferece, como a natureza?! Somos vítimas voluntárias desse feitiço que são as montanhas.